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A juíza Patrícia Acioli foi assassinada por polícias corruptos que tinham sido condenados pela magistrada, adiantaram os responsáveis pelas investigações do caso.
Patrícia Acioli foi assassinada em 11 de Agosto, com 21 tiros, quando chegava a casa, em Niterói, região metropolitana do Rio de Janeiro.
O secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, afirmou, esta segunda-feira, durante uma conferência de imprensa, que os três polícias envolvidos no crime assassinaram a magistrada porque acreditavam que se a matassem não seriam presos.
O que ignoravam é que a juíza tinha assinado um mandato de prisão no nome deles poucas horas antes.
Patrícia Acioli julgava com frequência processos cujos réus eram polícias acusados de corrupção, homicídios e formação de quadrilhas e era conhecida pelo rigor na investigação e na punição exemplar neste tipo de casos.
No domingo, a Justiça do Rio emitiu um pedido de prisão preventiva dos três polícias suspeitos de envolvimento directo no assassinato. Na semana anterior, a Justiça já tinha pedido o afastamento de 34 homens da Polícia Militar integrados no batalhão de onde terá sido desviado um lote de munição do mesmo calibre do utilizado para matar a juíza.
O delegado chefe da Divisão de Homicídios do Rio de Janeiro, Felipe Ettore, afirmou que o resultado final das investigações deverá sair dentro de 30 dias.
Em declarações à imprensa, Ettore adiantou que a morte da juíza fora planeada um mês antes do crime, no mesmo dia em que os criminosos fizeram um reconhecimento à sua casa, utilizando uma viatura policial.
A polícia investiga agora a origem das balas que mataram Patrícia Acioli. O delegado responsável exigiu que todas as armas de calibre 38 e 40 do Batalhão em causa fossem recolhidas para uma análise balística.
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