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Lisboa, 29 set (Lusa) - O primeiro-ministro timorense escusou-se hoje a comentar uma eventual candidatura de Taur Matan Ruak às presidenciais de 2012, remetendo para janeiro a decisão do seu partido sobre se apresenta um nome próprio ou apoia outro candidato.
"O congresso do meu partido em abril passado decidiu que neste assunto (eleições presidenciais) como em outros (coligações governamentais) só em janeiro de 2012 uma conferência pode autorizar qualquer membro a pronunciar-se", disse Xanana Gusmão, que preside ao Conselho Nacional da Reconstrução de Timor-Leste (CNRT).
Segundo o chefe de Estado timorense, será nesta conferência que o partido discutirá se apresenta um candidato ou apoia outro nome à corrida presidencial.
O primeiro-ministro timorense falava aos jornalistas numa conferência de imprensa que marcou o fim de uma visita oficial de quatro dias a Portugal.
Questionado pela agência Lusa sobre se uma eventual candidatura do antigo chefe das forças armadas, Taur Matan Ruak, poderia beneficiar desse apoio o primeiro-ministro timorense respondeu:"Em política, se digo A e as pessoas tomam por B, está tudo estragado."
Taur Matan Ruak apresentou no início de setembro a sua demissão do cargo de comandante das Falintil-Forças de Defesa de Timor-Leste e deixou em aberto a possibilidade de se candidatar às eleições presidenciais de 2012.
O primeiro-ministro timorense, que lidera um governo de coligação com cinco partidos, recusou-se ainda a avançar cenários para o período pós-eleições legislativas caso não consiga o seu objetivo de maioria absoluta, nomeadamente se admite uma coligação a Fretilin, o maior partido da Oposição.
Sobre o ano eleitoral em Timor-Leste, que em 2012 terá eleições legislativas e presidenciais, Xanana Gusmão mostrou-se convicto de que as eleições decorrerão de forma "muito menos complicada" do que em 2007, adiantando não ter preocupações especiais com a segurança durante este período.
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