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Lisboa, 23 set (Lusa) -- O encontro dos chefes da diplomacia dos países lusófonos, hoje em Nova Iorque, servirá para rever a "situação política interna" de cada Estado-membro e falar sobre a "vida da organização", explicou à Lusa o secretário-executivo da CPLP.
Em declarações à Agência Lusa a partir de Nova Iorque, o secretário-executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), Domingos Simões Pereira, adiantou que os ministros dos Negócios Estrangeiros lusófonos reúnem-se hoje, à hora do almoço, para abordarem assuntos como a presença da língua portuguesa nas instituições internacionais e discutirem dossiers de interesse comum.
No encontro será ainda "discutida a presença da CPLP junto das Nações Unidas, designadamente a possibilidade de o secretariado-executivo [da organização] criar uma representação permanente junto da ONU", adiantou Simões Pereira.
"Houve uma recomendação no sentido de o secretariado avaliar a possibilidade de criar uma representação permanente. Estamos a avaliar se isso faz sentido e qual seria a forma mais viável de executar", precisou.
A situação política na Guiné-Bissau, adiantou Simões Pereira, será outro dos assuntos em discussão nesta "reunião já tradicional" que os chefes da diplomacia dos países lusófonos têm vindo a realizar desde 2008, sempre à margem do debate anual da Assembleia-Geral das Nações Unidas.
O secretário-executivo da CPLP lembrou que parceiros lusófonos têm estado a "acompanhar a situação na Guiné-Bissau, onde têm registado avanços muito interessantes e animadores", e lembrou que na segunda-feira terá lugar, também em Nova Iorque, uma reunião do Grupo Internacional de Contacto sobre a Guiné-Bissau (GIC-GB).
"Este será um tema da reunião-almoço, mas não queria particularizar o caso da Guiné-Bissau, porque todos os países terão nesse encontro a oportunidade de partilhar com os seu pares a situação interna nos seus respetivos países", afirmou Simões Pereira.
Além de permitir "fazer uma revisão da situação política interna" em cada Estado-membro da CPLP, a reunião de hoje permitirá "também rever a vida da própria organização", sublinhou este responsável.
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