quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Guiné-Bissau: PAÍS NÃO É NARCOESTADO E REGE-SE PELO RIGOR, diz primeiro-ministro




FP - LUSA

Bissau, 07 set (Lusa) -- O primeiro-ministro guineense garantiu hoje que a Guiné-Bissau "não é um narcoestado" e que todo o cidadão que for apanhado no tráfico de droga será punido conforme a lei.

Admitindo que o tráfico de droga e o branqueamento de capitais são "grandes males" do continente africano, Carlos Gomes Júnior garantiu que quer construir um Estado moderno, eficiente e de rigor.

"Até aqui, temos executado o programa do Governo com rigor. Vou ganhar as próximas eleições com rigor", disse também o responsável, frisando: "o Governo não tem medo seja de quem for, não vamos aceitar interferências seja de quem for".

Carlos Gomes Júnior falava hoje na cerimónia de lançamento oficial do "Sydonia", um programa informático de gestão aduaneira, que vai aperfeiçoar os mecanismos de cobrança de receitas aduaneiras e que será instalado em todo o país.

O programa foi desenvolvido com o apoio do Banco Africano de Desenvolvimento e da cooperação portuguesa e vai permitir o aumento das receitas fiscais do Estado, disse na cerimónia o ministro das Finanças, José Mário Vaz.

O diretor-geral das Alfândegas, Doménico Sanca, explicou que o "Sydonia" já existe há vários anos, mas que a versão hoje apresentada é mais moderna e compatível com os novos sistemas informáticos, sendo utilizada uma versão idêntica em mais de 80 países.

A nova versão, explicou, cobre a maior parte das ações aduaneiras, é mais rápida, e permite que, por exemplo, os despachantes possam processar as declarações a partir dos seus próprios escritórios.

Sendo também a partir de agora mais fácil desalfandegar mercadorias, com a agilização de todos os processos, desde o despacho ao controlo e ao pagamento, o novo sistema é também mais seguro, segundo os técnicos que o apresentaram em Bissau.

Na terça-feira, o primeiro-ministro já se tinha insurgido contra a morosidade de desalfandegamento, o que leva a que produtos que são oferecidos à Guiné-Bissau, como medicamentos, acabem por se estragar em contentores, no porto de Bissau.

*Foto em Lusa

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