quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Macau serve como ponte entre países lusófonos e o maior mercado regional chinês





Os países lusófonos estão esforçando-se para atrair mais investimento chinês através das iniciativas de Macau em um fórum em Nanchang, capital da Província de Jiangxi.

A Região Administrativa Especial de Macau (RAEM), uma plataforma de serviços de cooperação econômica e comercial entre a China e os países de língua portuguesa, está financiando um seminário empresarial no 7º Fórum de Cooperação e Desenvolvimento Regional do Pan-Delta do Rio das Pérolas.

O fórum, criado em 2004, visa estimular a economia dentro da região Pan-Delta do Rio das Pérolas, que inclui nove províncias e regiões autônomas assim como Hong Kong e Macau. Com uma população de mais de 470 milhões, ou 35% da população total do país, a região é um dos maiores mercados regionais da China.

Macau tem sido estreitamente ligada aos países de língua portuguesa, nomeadamente Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e Timor Leste, em economia e comércio, pois pode fornecer serviços a empresas da parte continental chinesa, incluindo aquelas com negócios nos países lusófonos, para obter vantagens em mercados desses países, disse Jackson Chang, presidente do Instituto de Promoção de Investimento e Comércio de Macau.

Muitas empresas locais em Macau têm relações comerciais com os países lusófonos, já que desfrutam da vantagem do idioma e podem oferecer informação a seus parceiros da parte continental chinesa e ajudá-los a buscar oportunidades de investimento, assinalou Chang, acrescentando que Macau espera criar uma ponte de cooperação entre a China e os países de língua portuguesa.

No 12º Plano Quinquenal, o governo central chinês estabeleceu uma orientação de desenvolvimento para que Macau acelere a construção de uma melhor plataforma de serviço de cooperação comercial e econômica entre os dois lados.

Desde 2003, Macau organizou com êxito três Conferências Ministeriais do Fórum para Cooperação Econômica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa, tendo estabelecido na cidade o secretariado permanente do fórum.

Os últimos dados do secretariado mostram que o volume do comércio entre a China e os países lusófonos subiram 27% anualmente para US$ 62,9 bilhões entre janeiro e julho de 2011.

O representante de Angola, Joaquim Pereira da Gama, disse que a China é seu maior parceiro comercial e que o país africano espera atrair mais visitantes para desenvolver seu turismo.

Cesar Yu, representante-chefe do escritório da ApexBrasil em Beijing, ao afirmar que o Brasil é um líder em energia limpa e renovável e o quarto em manufatura de avião, deseja que mais empresas privadas chinesas façam investimentos ou participem de projetos cooperativos no Brasil.

A representante de Moçambique, Esmeralda Patrício, disse que seu país produz muito chá e camarão, e espera que as empresas chinesas possam investir nestes setores para ajudar no processamento dos produtos. Investidores chineses também podem encontrar oportunidades em energia, agricultura, manufatura e pesca, acrescentou ela.

O governo de Macau cooperará com empresas regionais para explorar os mercados dos países lusófonos e depois os da União Europeia e América Latina, anunciou Chui Sai On, Chefe do Executivo da RAEM.

- Por Xinhua

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