quinta-feira, 1 de setembro de 2011

MIRA AMARAL APLAUDE REABILITAÇÃO DO SISTEMA FERROVIÁRIO ANGOLANO





A recente reabilitação do Caminho-de-Ferro de Benguela (CFB), depois de 18 anos de paralisação, "é positiva e vai mexer com a economia angolana", realçou à agência Lusa o presidente do Banco BIC português, Mira Amaral.

"É evidente que é positivo e vai mexer com a economia angolana. Antes da descolonização, Angola tinha uma rede de estradas magnífica e tinha caminhos de ferro a funcionar. Com a guerra civil, tudo isso foi destruído. O que o governo angolano está a fazer agora é reconstruir infraestruturas vitais para o desenvolvimento económico", frisou o banqueiro.

"Luanda já está ligada a todas as capitais de distrito por boas estradas asfaltadas. E agora começou a recuperação dos caminhos de ferro. Ainda há, para mim, dois aspetos a fazer. A recuperação dos portos e dos aeroportos", assinalou, reforçando que "a melhoria das infraestruturas é uma boa notícia e já está a ter dinamização económica de algumas regiões".

Para o Banco BIC Angola, 'irmão gémeo' do Banco BIC português com exatamente a mesma estrutura acionista, isto são "ótimas notícias". É um grande banco, cobre todo o país e a dinamização de todas as regiões de Angola é positiva para o seu negócio, trazendo mais clientes, considerou.

O ministro angolano dos Transportes considerou na terça-feira "histórica" a inauguração do Caminho-de-Ferro de Benguela (CFB), depois de 18 anos de paralisação, com a reabilitação de infraestruturas orçada em cerca de 1,4 mil milhões de euros.

Augusto Tomás discursava na cerimónia de inauguração do CFB, que assinalou a entrada em funcionamento do troço Benguela-Huambo, em 350 dos 1343 quilómetros de extensão, que engloba, além de Benguela, as províncias do Huambo, Bié e Moxico, até à fronteira com a Zâmbia.

A reabilitação dos Caminhos-de-Ferro de Angola envolve a renovação e modernização total da via, a reabilitação de pontes, a construção de estações, novos sistemas de comunicações, a renovação do material circulante, nomeadamente locomotivas, carruagens e vagões, novas oficinas e novos centros de formação profissional.

De acordo com o ministro, além dessas reformas, está também em curso a reforma legal, institucional e empresarial dos caminhos-de-ferro.

"Contudo, o caminho a percorrer é ainda bastante longo. Ainda assim, o comboio circulou de forma intermitente e não regular até 1992. A circulação na linha principal paralisou completamente em 1993", referiu o governante angolano.

A viagem realizada, à noite, de Benguela ao Huambo levou pouco mais de seis horas, com o testemunho de governantes, jornalistas e convidados. "Penso que no domínio das infraestruturas em Angola, o dia de hoje pode ser considerado um dia histórico", disse então o ministro.

Fonte: Sapo/Lusa  

*Foto em Lusa

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