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Nova Iorque, 23 set (Lusa) - O Português será a língua usada pelos governantes da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) nas suas intervenções do debate geral da Assembleia Geral das Nações Unidas, de decorre até dia 27 de setembro em Nova Iorque.
Para os ministros dos Negócios Estrangeiros dos "oito", que hoje se reuniram à margem da Assembleia Geral num restaurante próximo da ONU, trata-se de "consolidar o espaço" da língua portuguesa nas organizações internacionais, mas não ainda de avançar para um pedido do reconhecimento como língua oficial de trabalhos da organização internacional.
"Conseguimos todos usar o Português nas nossas intervenções", destacou à Agência Lusa após o encontro o ministro angolano George Chicoty, cujo país preside atualmente à CPLP.
O debate deste ano foi aberto pela chefe de Estado brasileira, Dilma Rousseff, em Português.
Até ao momento falou também o presidente moçambicano, Armando Guebuza, e hoje ao final da tarde [noite em Lisboa] será a vez do primeiro-ministro português, Pedro Passos Coelho. Os restantes países discursam até dia 27.
Em anos anteriores, algumas das intervenções foram feitas em Francês ou Inglês.
No almoço anual de MNE em Nova Iorque participou também o secretário-geral da CPLP, Domingos Simões Pereira.
O Brasil esteve representado por diplomatas da missão em Nova Iorque, não pelo ministro das Relações Exteriores.
Para o ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, o uso do Português na Assembleia Geral é "uma aposta que faz sentido", porque "é uma das línguas europeias mais faladas" no mundo.
"Este princípio de, cada vez que estamos em organizações internacionais, usar o Português como língua, como passo adequado entre muitos outros na luta para a internacionalização do Português, correu bem nesta Assembleia e demos nota disso mesmo" no encontro de hoje, adiantou à Agência Lusa.
Outro dos assuntos abordados foi o das candidaturas de países da CPLP a postos internacionais, em particular no sistema da ONU, para procurar um "compromisso mútuo" de apoio aos candidatos lusófonos, e também de mobilização de países das respetivas regiões.
Para Portugal, disse Portas, o mais importante é a eleição para o Conselho de Direitos Humanos 2015-2017, que decorre dentro de pouco mais de dois anos.
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