quinta-feira, 15 de setembro de 2011

São Tomé e Príncipe apontado como caso de sucesso no combate à malária




ÁFRICA 21

País de expressão portuguesa está entre 43 nações onde o número de óbitos diminuiu em mais de metade na última década.

Nova York - Avanços notáveis no combate à malária, alcançados nos últimos 10 anos, aumentam o optimismo relativamente ao fim da doença, aponta um relatório divulgado terça-feira pela parceria Roll Back Malaria.

O estudo Fazendo Recuar a Malária: Uma Década de Parceria e Resultados, apresentado, em Nova York, indica que as mortes globais devido à doença caíram 38% em 43 países, informa a rádio ONU.

São Tomé e Príncipe é um dos 11 países africanos onde a diminuição do número de óbitos foi superior a 50%, sendo considerado um caso de sucesso.

O relatório da parceria, apoiada pela ONU, aponta para um reverter da tendência da década anterior, e celebra mais de um milhão de vidas salvas em todo o mundo.

O Brasil integra o grupo de seis nações da América Latina, incluindo a Colômbia, o Peru e a Venezuela, onde foram registados 89% dos casos da região. O país reduziu a mortalidade em 35%.

Por seu turno, em Moçambique ocorre quase o dobro de casos da malária em crianças das zonas rurais, em comparação com as dos centros urbanos.

Falando à Rádio ONU, de Maputo, o presidente do Movimento Fazer Recuar a Malária em Moçambique, bispo Diniz Sengulane, disse ser necessário disponibilizar mais recursos para combater a doença

“Que o mundo económico veja o problema da malária como sendo mais de carácter económico que carácter médico, libertando os recursos. Já demonstrou que existem recursos para a área de saúde que podem ser disponibilizados. Quando demonstrou que a febre aviária podia ser ameaça global e quando vemos o que tem sido feito em termos da tuberculose e na área de HIV/Sida. Existem recursos no mundo para a área da saúde,” explicou.

No âmbito do lançamento do relatório, o secretário-geral, Ban Ki-Moon elogiou os resultados da iniciativa de saúde pública por proporcionar o que considerou resultados encorajadores ao investimento.

Ban disse que graças aos esforços empreendidos pela parceria na última década, há uma base para permitir que países afectados e comunidades possam atingir resultados ainda maiores nos próximos anos.

Cerca de US$ 5 mil milhões foram investidos em intervenções para prevenir e tratar a malária, particularmente através de redes tratadas com insecticida. Os recursos foram distribuídos a cerca de 80% da população em risco na África Subsaariana.

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