CORREIO DO BRASIL - de Brasília e São Paulo
As assembleias dos bancários tende a decidir, nesta segunda-feira, se os 483 mil sindicalizados de todo o país voltarão ao trabalho nesta segunda-feira. Marcadas para as 18h, as votações deverão encerrar a greve, que vai completa 21 dias, no mais longo movimento paredista da categoria desde desde 2004, quando o movimento durou 30 dias.
Representantes dos trabalhadores e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) chegaram a um acordo, na sexta-feira, para encerrar a greve com a proposta de um reajuste salarial na ordem de 9%, que inclui a inflação dos últimos 12 meses até setembro último mais 1,5% de aumento real, além de outras melhorias financeiras.
Na reunião de sexta, também foi proposta a valorização do piso com correção de 12%. Com isso, ele passará para R$ 1.400 (aumento real de 4,3%). Ficou acertado ainda uma elevação do percentual para o cálculo da Participação nos Lucros e Resultados (PLR).
– Houve avanço nos pontos que considerávamos essenciais, como aumento real, melhoria do piso e do PLR – disse a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Juvandia Moreira. A entidade representa 16 municípios, com 138 mil trabalhadores.
Além de concordar em não descontar os dias parados, assinalou Juvandia, os representantes dos banqueiros assumiram o compromisso informal de ampliar o número de vagas nas agências.
– No caso da Caixa Econômica Federal [CEF], tivemos a garantia de 5 mil novas contrações – disse.
A dirigente sindical apoiará a aprovação da proposta patronal. Em nota, distribuída logo após o encontro, o presidente do Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Carlos Cordeiro, também apóia o fim da greve.
“As novas propostas são resultado de um intenso processo de mobilização e negociação, que é o caminho que sempre defendemos, sem interferência de atores externos, para que os trabalhadores possam consolidar e avançar nas suas conquistas”.
No comunicado, a Contraf-CUT informou ainda que foram obtidas outras conquistas, como a proibição de que seja divulgado rankings individuais dos funcionários, o que permite coibir a cobrança das metas abusivas. Os dias parados deverão ser compensados com a extensão de duas horas nas jornadas até o próximo dia 15 de dezembro.
Sem comentários:
Enviar um comentário