DESTAK - LUSA
Milhares de trabalhadores estão a descer a Avenida da Liberdade, cerca de uma hora após o início da manifestação que começou no Saldanha, em protesto contra as medidas de austeridade e a retirada de direitos laborais e sociais.
A manifestação, convocada pela CGTP para o dia em que a central comemora o seu 41º aniversário, tem como objetivo a defesa do emprego, dos salários e de melhores condições de vida.
O desfile está a ser encabeçado pelos camionistas da TNC (empresa que abriu insolvência deixando os funcionários sem receber há dois meses), que foram fortemente aplaudidos à entrada da Avenida da Liberdade, em Lisboa, pelos transeuntes que observam a manifestação dos passeios.
Os organizadores do protesto ainda não conseguem estimar o número de participantes, uma vez que, cerca das 16:30, ainda havia gente a sair da Praça do Saldanha, ponto escolhido para o início do desfile.
Apesar do percurso bem definido, milhares de manifestantes estão a optar por integrar o desfile apenas na Avenida da Liberdade, onde aguardam a chegada dos manifestantes à sombra das árvores que os protegem das elevadas temperaturas que se fazem sentir hoje em Lisboa.
A manifestação decorre ao som de palavras de ordem como “O custo de vida aumenta e o povo não aguenta” ou “Roubar os subsídios de natal é vergonha nacional”, “Assim não vai dar, sempre os mesmos a pagar”.
Atrás dos camiões da TNC segue o executivo da central sindical e depois a Interjovem, que se faz acompanhar pelo grupo Homens da Luta, que prometem animar os manifestantes com várias canções e palavras de ordem.
Logo atrás vão manifestar-se trabalhadores do distrito de Leiria, liderados pelos trabalhadores da fábrica de cerâmica das Caldas da Rainha Bonvida, que estão em luta há alguns meses numa tentativa de evitar o encerramento da empresa.
A CGTP convocou para hoje, em Lisboa e no Porto, duas manifestações “contra o empobrecimento e as injustiças”, porque considera que as medidas de austeridade que têm sido impostas aos portugueses levam à recessão económica e consequentemente ao aumento do desemprego e da precariedade.
No Porto, a imagem repete-se, com milhares de pessoas a participar na manifestação nacional que começou po rvolta das 16:15.
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