... de rádio e televisão - estudo
MSE - LUSA
Díli, 12 out (Lusa) - A rádio continua a ser a principal fonte de informação em Timor-Leste, apesar do acesso à televisão estar a aumentar, mas as fontes de informação "mais procuradas e confiáveis" para a população são os chefes de comunidade.
A conclusão é de um estudo requisitado pela Missão Integrada da ONU em Timor-Leste à INSIGHT, principal organização timorense de pesquisa.
"Os chefes de comunidade, seguidos pela rádio e pela televisão, são consistentemente os mais procurados e considerados as mais confiáveis fontes de informação", segundo o estudo, que refere que 16 por cento da população não possui qualquer tipo de acesso à informação.
Segundo o estudo, "este grupo de pessoas é informada sobre assuntos de interesse através dos líderes locais e pela comunicação oral".
"O distrito de Oecussi é o que está mais aquém no que diz respeito à leitura de jornais e posse de telemóveis", que já é significativa, refere o documento.
"Outros distritos com um alto número de pessoas sem acesso aos meios de comunicação social são os de Aileu, Viqueque, Ainaro e Covalima", acrescenta.
O estudo sublinha também que o tétum é a língua "mais usada como meio de comunicação entre as diferentes regiões e com estrangeiros, sendo que línguas locais ainda são muito usadas nas diferentes comunidades".
"Houve um aumento considerável do uso da língua portuguesa, seguido de um decréscimo do uso da língua indonésia", salienta o estudo.
O estudo refere também que houve um aumento das audiências nas rádios com as notícias e programas sobre atualidades e música serem os programas com mais ouvintes.
O rádio mais ouvido e conhecida é a Rádio de Timor-Leste (pública) o mesmo acontecendo com a TVTL (Televisão de Timor-Leste), que viu as suas audiências aumentarem para o dobro desde 2006.
Os canais de televisão indonésio também contam com taxas significativas de audiências, acrescenta o documento.
O estudo concluiu também que o uso de internet duplicou desde 2006, mas continua baixo comparando com os países vizinhos e que os homens consomem mais informação que as mulheres.
O estudo, realizado em maio de 2010, foi dividido foi feito através de um inquérito nacional a 2500 pessoas com mais de 15 anos e com base numa série de debates com grupos focais de discussão em sete distritos do país.
O objetivo do estudo foi determinar a amplitude da cobertura dos meios de comunicação social, o acesso à informação, assim como o impacto e o alcance de outras fontes de informação.
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