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São Paulo, 21 out (Lusa) -- Três médicos acusados pela justiça por homicídio doloso, por retirarem órgãos de pacientes ainda vivos, na cidade brasileira de Taubaté, em São Paulo, foram condenados a 17 anos e meio de prisão, informou hoje a imprensa brasileira.
Segundo o jornal Folha de São Paulo, os três médicos podem ainda recorrer da decisão do tribunal em liberdade.
O julgamento, que começou na segunda-feira, terminou na noite de quinta-feira (madrugada de sexta-feira em Lisboa), em Taubaté, cidade do interior de São Paulo.
O urologista Rui Noronha Sacramento, o nefrologista Pedro Henrique Torrecilhas e o neurocirurgião Mariano Fiore Júnior foram considerados culpados por utilizar diagnósticos falsos de morte cerebral para retirar rins de quatro pessoas em 1986.
Os médicos negam as acusações.
O procurador Marcio Augusto Friggi de Carvalho definiu o trabalho dos médicos como uma central de remessa de rins para pacientes ricos de São Paulo.
Os rins foram retirados às quatro vítimas, com traumatismos graves ou aneurismas cerebrais, em 1986, em Taubaté.
Os arguidos não responderam por tráfico de órgãos, mas por apressar ou contribuir para a morte dos pacientes.
A procuradoria usou relatórios do Conselho Regional de Medicina que, segundo o procurador, concluíram que não há elementos suficientes para atestar que os pacientes estavam em morte cerebral.
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