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O Comitê Nacional de Defesa dos Povos Indígenas de Mato Grosso do Sul (Condepi) terá o objetivo de recolher e encaminhar denúncias de violações de direitos humanos para órgãos internacionais.
O lançamento do Comitê, que contará com a participação de 39 entidades, ocorreu na sexta-feira (25). Durante um ato público na Assembleia Legislativa do Estado em Campo Grande, as organizações lembraram casos de violência, como o do cacique Nísio Gomes, recentemente executado a tiros por pistoleiros.
Dados mostram que o episódio não fica isolado. O Mato Grosso do Sul, de acordo com relatório do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), concentrou 55% dos casos de assassinatos de indígenas nos últimos oito anos. Foram 250 homicídios.
As entidades ressaltam a “condição subumana” que vivem as mais de 1200 famílias indígenas reunidas em 31 acampamentos no Mato Grosso do Sul. Elas ficam à beira de rodovias ou sitiadas em fazendas.
Esta realidade provoca um número elevado de suicídios, de casos de alcoolismo e a exploração da mão-de-obra indígena de forma degradante, entre outras violências envolvendo o conflito de terras.
O Comitê destaca que a realidade no Mato Grosso do Sul é uma ofensa direta à Constituição Federal e às regras da Declaração sobre os Direitos dos Povos Indígenas, reconhecida pela Organização das Nações Unidas (ONU). (pulsar)
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