segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Governo e ERHC iniciam negociações para partilha de produção petrolífera na Zona Exclusiva




MYB - LUSA

São Tomé, 14 nov (Lusa) - A Agência Nacional de Petróleos são-tomense (ANP) iniciou hoje as negociações com a empresa nigeriana Environement Remediation Holding Corporation (ERHC) para a partilha de produção nos blocos 4 e 11 da Zona Económica Exclusiva do arquipélago.

"Nós fizemos o leilão e a ERHC escolheu os blocos 4 e 11 e agora decidimos avançar para as negociações relativamente a esses blocos que resultam desse direito adquirido que a ERHC tinha dos acordos assinados em 2001 e renegociados em 2003", disse o porta-voz da ANP, Carlos Neves.

Carlos Neves apontou dois meses, "se tudo correr como previsto", como prazo para que as parte cheguem a um acordo de partilha de produção destes dois blocos escolhidos pela ERHC.

"Vamos ver se chegamos a um entendimento para que se inicie o processo de estudos e exploração de petróleo na nossa zona económica exclusiva", acrescentou.

Os blocos 4 e 11 foram escolhidos pela ERHC entre os 19 identificados na ZEE são-tomense aquando do lançamento do leilão de blocos de petróleo, em novembro de 2010.

"As negociações deverão terminar com a assinatura de um acordo. Naturalmente que não será neste primeiro encontro. Isto é um primeiro encontro introdutório para definirmos agendas e os passos negociais, mas esperamos que nos próximos meses possamos terminar as negociações", explicou o porta-voz da ANP.

Carlos Neves referiu igualmente as negociações ocorridas com a Equatorial Exploration, outra empresa que detém direito de preferência nos blocos da zona exclusiva são-tomense e o anúncio para breve da assinatura de um acordo com essa empresa.

"Tudo vai decorrer à semelhança daquilo que fizemos com a Equatorial, uma empresa que também detém direito de preferência noutros dois blocos da nossa ZEE e que levámos alguns meses a negociar, já terminámos e devemos assinar brevemente um contrato", disse Carlos Neves.

"Esperamos que as negociações decorram da melhor forma, rapidamente e que possamos assinar também o contrato", frisou Carlos Neves.

O representante da ERHC nessas negociações considerou São Tomé e Príncipe como "uma região muito importante" para a sua empresa.

"É muito importante começarmos essas negociações, São Tomé é uma região muito importante para a nossa empresa e já estamos muito tempo a trabalharmos juntos", disse Symour Ceng, diretor técnico da ERHC que estima um prazo entre quatro e cinco anos para se iniciar a exploração petrolífera neste dois blocos.

"Trabalhos petrolíferos são muito complicados e difíceis, é preciso mais estudos técnicos e sísmicos mas estamos a prever quatro a cinco anos para iniciarmos a exploração", explicou.

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