segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Guiné-Bissau: ESCOLAS DE CATIÓ, BISSORÃ E MANSOA APOIADAS POR ONG PORTUGUESA




FP - LUSA

Bissau, 14 nov (Lusa) - Uma organização não governamental portuguesa (ONG), Viver 100 Fronteiras, vai oferecer na próxima semana material escolar para Catió, Bissorã e Mansoa, três regiões da Guiné-Bissau, e no final do mês entregará material médico para Canchungo.

Natália Cristina, presidente da ONG e simultaneamente representante em Bissau da Ordem de Malta, foi hoje recebida pelo Presidente da República da Guiné-Bissau, Malam Bacai Sanhá, a quem pediu sugestões para a entrega do material hospitalar que está para chegar ainda este mês.

"O Presidente sugeriu-me Canchungo, porque o hospital está com muitas carências, e disse que gostaria que eu visitasse o local", disse Natália Cristina à Agência Lusa após o encontro, destinado "a dar a conhecer o trabalho que a ONG tem feito nos últimos três anos na educação, na saúde e no desenvolvimento social".

Segundo a responsável, no porto de Bissau estão já três contentores com material escolar (especialmente mesas e cadeiras) e material diverso (como roupa, calçado e brinquedos) que devem ser desalfandegados até ao final desta semana, chegando no fim do mês outros dois contentores, com material hospitalar e alimentos.

Natália Cristina disse que o material escolar tem como destino o Orfanato da Paz em Catió (onde a população inclusivamente já construiu as salas), Bissorã e uma escola primária de Mansoa.

Através da mesma ONG, Natália Cristina garantiu à Lusa que até junho do próximo ano levará para Bissau mais quatro ambulâncias, para outras tantas regiões. E disse que a Viver 100 Fronteiras tem disponível uma verba (entregue por uma organização de solidariedade norte americana) para apoiar a maternidade do Hospital Simão Mendes, o hospital de Bissau e o mais importante do país.

Natália Cristina disse que se queixou ao Presidente das dificuldades colocadas constantemente pelo Ministério da Saúde. "Quisemos montar a Pediatria do Hospital Simão Mendes e tivemos vários problemas e a doação não foi feita, inclusive pedi uma listagem das necessidades e nunca me foi facultada", disse, explicando que colocou em Bissau todo o recheio do antigo Hospital Pediátrico de Coimbra e que acabou por o doar a vários hospitais do interior do país.

Natália Cristina avisou que a Viver 100 Fronteiras tem já quase 50 mil dólares disponíveis para apoiar a maternidade do Hospital Simão Mendes mas que o Ministério da Saúde não facultou até agora um orçamento, pelo que se corre o risco de o apoio se perder.

A Viver 100 Fronteiras, criada em junho de 2009, trabalha na área da saúde, educação e desenvolvimento social e em três anos já colocou na Guiné-Bissau 12 contentores com ajuda.

Já este ano, além do material do hospital pediátrico, tinham chegado 12 toneladas de alimentos e no ano passado chegou material escolar para 10 mil crianças.

*Foto em Lusa

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