quarta-feira, 2 de novembro de 2011

NO TOP 50 DOS MAIS DESENVOLVIDOS É OBRA!




ORLANDO CASTRO*, jornalista – ALTO HAMA*

Aquele reino que ainda flutua entre Espanha e o Norte de África, a que chamam Portugal, ocupa, este ano, o 41º lugar entre os 187 países avaliados no Relatório para o Desenvolvimento Humano das Nações Unidas.

É um bom lugar, mesmo que os países que se assemelham a Portugal sejam – segundo o documento - a Grécia e a Hungria.

Noruega, Austrália e Holanda (que se calhar, como diz o ministro luso das Finanças, pagam também 23% de IVA na electricidade) ocupam os primeiros lugares na lista de países com maiores progressos na saúde, educação e rendimento.

Nas últimas posições estão países que não são, por enquanto, referência para o regime esclavagista de Lisboa, República Democrática do Congo, Níger e Burundi.

Portugal, agora chefiado pelo “africanista de Massamá”, integra o grupo das 47 nações consideradas mais desenvolvidas pela ONU. Quando comparado com o ano passado, então chefiado pelo amigo do “líder carismático” da Líbia, José Sócrates, desceu um lugar, se bem que o confronto este ano envolva 187 países e não 169 como no ano passado.

O documento apresenta a evolução ao longo dos últimos 30 anos, período no qual a esperança de vida à nascença em Portugal aumentou 8,2 anos, a escolaridade subiu em média 2,9 anos e o rendimento nacional bruto por pessoa cresceu 76%. Para o efeito não contam os 800 mil desempregados, os 20% de pobres e outros tantos para quem uma refeição é uma miragem.

Grécia e Hungria são países que os peritos da ONU consideram semelhantes a Portugal pelo número de habitantes e índice de desenvolvimento humano e que ocupam, respectivamente, o 29º e o 38º lugares.

Portugal apresenta uma esperança de vida (isto era antes da entrada em vigor do regime que os obriga a viver sem… comer) para os nascidos este ano de 79,5 anos, ligeiramente inferior à Grécia (79,9), mas consideravelmente superior à Hungria (74,4).

A ordem mantém-se quanto ao rendimento nacional bruto - Grécia com 23747 dólares por pessoa em 2011, Portugal com 20573 e Hungria com 16581. A previsão para este ano aponta para o valor mais baixo registado em Portugal entre os últimos quatro referidos: em 2000 atingiu os 20662, cinco anos depois subiu para 20980, em 2010 baixou ligeiramente para 20928, tendência que manterá este ano, quando decrescerá para 20573.

Na escolarização, os húngaros surgem na liderança dos três países com 11,1 anos de escolaridade média por habitante, seguidos dos gregos (10,1) e, à distância, dos portugueses (7,7). Também aqui não contam os analfabetos funcionais (os que sabem ler e escrever mas não lêem nem escrevem e que na sua grande maioria estão integrados nas seitas políticas).

Portugal assume a dianteira entre os três países e situa-se em 19º lugar quando são ponderados os critérios do índice de desigualdade de género avaliados em 149 países. A Grécia aparece no 24º lugar e a Hungria em 39º. Ora tomem lá! E ainda dizem mal do governo…

Entre os factores que contribuem para este índice, Portugal lidera na taxa de mulheres deputadas (27,4%), à frente da Grécia (17,3%) e da Hungria (9,1%), e na percentagem de mulheres com emprego (56,2%), destacado à frente da Grécia (49,2%) e da Hungria (42,5%).

A Grécia volta a liderar quando é avaliada a taxa de mortalidade materna (mulheres que morrem devido a complicações relacionadas com a gravidez ou no parto), com duas mães a morrerem por cada 100 mil crianças que nascem anualmente, seguida de Portugal (sete) e Hungria (13).

Que chatice. Deve ser culpa, como diz o ministro da Saúde, dessa coisa aberrante a que chamam Serviço Nacional de Saúde. Se fossem os privados a mandar, o país estaria muito melhor, dirá com certeza o ministro Paulo Macedo.

Onde Portugal volta a liderar é na taxa de mães adolescentes, que são 16,8 em cada mil crianças que nascem, seguido da Hungria (16,5) e da Grécia (11,6).

Convenhamos que, bem vistas as coisas, as mães adolescentes sempre ajudam Portugal e liderar…

* Orlando Castro, jornalista angolano-português - O poder das ideias acima das ideias de poder, porque não se é Jornalista (digo eu) seis ou sete horas por dia a uns tantos euros por mês, mas sim 24 horas por dia, mesmo estando (des)empregado.

Título anterior do autor, compilado em Página Global: “COMO É POSSÍVEL MANTER UM GOVERNO EM QUE UM PRIMEIRO-MINISTRO MENTE?”

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