quinta-feira, 17 de novembro de 2011

REDE CHINESA DE PROSTITUIÇÃO DESMANTELADA EM LUANDA




AC - LUSA

Pequim, 17 nov (Lusa) - As dezanove mulheres chinesas forçadas à prática da prostituição em Angola e libertadas o mês passado pela polícia trabalhavam num clube noturno de Luanda, gerido por dois irmãos chineses, revelou hoje a imprensa de Pequim.

Oriundas de regiões pobres da China, as mulheres foram atraídas com a promessa de emprego num hotel em Angola a ganharem cerca de 6.000 yuan (700 euros) por mês, seis vezes mais do que no seu país, mas à chegada a Luanda, os patrões confiscavam-lhes os seus passaportes.

O "hotel" era, na verdade, "um bordel", chamado ZhongAn International Entertainment Club e que segundo o China Daily, estava situado no bairro de Benfica, em Luanda.

Cerca de 70.000 chineses trabalham em Angola, sobretudo na construção civil, e "como a maioria não traz as mulheres, a prostituição chinesa é muito procurada", disse o jornal Global Times citando um cidadão chinês que trabalhou naquele país africano.

A investigação deste caso começou em abril passado, através de uma queixa apresentada à polícia de Jilin, nordeste da China, pela irmã de uma jovem que tinha sido contratada para trabalhar em Angola.

Uma força policial conjunta, formada por agentes angolanos e chineses, deslocou-se no dia 25 de outubro ao referido clube, onde deteve um dos proprietários, Sun Yinghao, e uma mulher descrita como "a sua amante", Xu Juan, que era responsável pela contratação das empregadas.

Na altura, a polícia encontrou apenas três vitimas mas depois, "num quarto escuro de uma cave", localizou mais dezasseis.

As vítimas já foram repatriadas para a China, assim como os onze suspeitos detidos em Angola.

A rede envolvia mais cinco pessoas, detidas na China.

Pelas contas da polícia chinesa, os suspeitos terão ganho cerca de 5 milhões de yuan (584.210 euros) entre março e outubro.

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