O espectro da guerra já está a pairar sobre um dos países mais novos do mundo. Com a sua independência proclamada em Julho, o Sudão do Sul vê iminente o espoletar de um conflito com o Sudão, nação da qual se separou originalmente após um referendo à sua população.
Os presidentes de ambos os países avisaram para a possibilidade do início de uma nova guerra. Além dos avisos por parte dos líderes, vários relatos apontam para que ambos os países estejam a colocar tropas junto às suas fronteiras.
Apesar do Sudão do Sul ter alcançado a sua independência por via pacífica, fruto da realização de um referendo, houve várias questões que permaneceram sem resolução. A principal prende-se com a divisão dos lucros da venda do petróleo, matéria-prima que abunda em ambos os territórios.
Além do petróleo, restam ainda dúvidas quanto ao estabelecimento das fronteiras. E, sobretudo, a divisão deixou vários grupos de sudaneses do sul ainda no Sudão, grupos que o território classifica de rebeldes.
O estalar de um conflito entre as duas nações poderá atirar os holofotes da comunidade internacional para a região. Os EUA foram o primeiro país a apelar à «cabeça fria» dos líderes sudaneses.
O co-fundador do Enough Project, entidade que luta contra os genocídio e crimes contra a humanidade, John Prendergast, afirmou mesmo que cada «faísca» entre os dois países aumenta as possibilidades para o eclodir de uma guerra.
O Sudão do Sul proclamou a sua independência a 9 de Julho e, cinco dias depois, tornou-se um membro oficial da ONU. O território conquistou a sua autonomia após duas guerras civis, primeiro entre 1955 e 1972, e depois entre 1983 e 2005.
Os conflitos internos devastaram a região e fizeram o Sudão do Sul nascer sob um contexto de pobreza extrema e precárias condições de saúde.
SOL com AP
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