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Os professores na Grécia estão preocupados com os vários casos que se têm registado nos últimos meses de alunos que desmaiam nas escolas por fome e desnutrição e já alertaram as autoridades para o caso.
primeiro ocorreu há cerca de um ano e a ele seguiram-se mais denúncias de professores, que garantem que alunos seus estão na escola até às 16 horas sem comer nada o dia inteiro.
Os meios de comunicação deram conta do caso, mas as notícias foram catalogadas de exageros jornalísticos até que, há cerca de duas semanas, um rapaz de 13 anos desmaiou num colégio da Heraklión, a capital da ilha de Creta.
Quando a diretora avisou a mãe, que trabalha a tempo parcial numa empresa municipal e tem quatro filhos, ela disse que a sua família não comia nada há dois dias.
O assunto transformou-se em debate nacional e a imagem da comida a ser dividida nas escolas despertou, entre os mais velhos, o pesado inverno de 1941-42 quando, depois da ocupação nazi, mais de 300 mil pessoas morreram de fome.
Entretanto, a direcção escolar de Atenas assegurou que, desde que começou o ano letivo, várias escolas básicas prepararam cerca de 5.500 refeições por dia e destacou que 67 dessas refeições são para alunos em condições de necessidade extrema.
A semana passada, o semanário pró-governamental "To Vima", citava fontes do Ministério da Educação Nacional a afirmarem que está a ser preparado um programa de distribuição de senhas no valor de dois ou três euros para os alunos de escolas de regiões com alta percentagem de pobreza.
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