O ministro brasileiro do Trabalho, Carlos Lupi, pediu a sua demissão à presidente Dilma Rousseff, o que faz subir para sete o número de baixas no governo desde o início da actual gestão, em Janeiro.
O pedido de demissão foi feito numa reunião com a governante brasileira, domingo à tarde, e confirmado numa nota oficial publicada no site do Ministério do Trabalho do Brasil.
No comunicado, Carlos Lupi diz que decidiu deixar o governo, numa decisão de "carácter irrevogável", devido à "perseguição política e pessoal" da comunicação social e à divulgação do parecer da Comissão de Ética da Presidência da República que recomendou sua exoneração.
De acordo com o ministro, o parecer condenou-o com base nas notícias e sem lhe dar direito de defesa.
Carlos Lupi afirmou ainda que a sua saída tem como objectivo evitar que "o ódio das forças mais reaccionárias e conservadoras" do Brasil contra o trabalhismo contagie outros sectores do governo.
"Saio com a consciência tranquila do dever cumprido, da minha honestidade pessoal e confiante por acreditar que a verdade sempre vence", conclui o comunicado assinado pelo ministro.
A demissão acontece após uma série de denúncias de irregularidades no Ministério do Trabalho. A crise começou no início de Novembro, com uma reportagem da revista Veja que acusava assessores da pasta de cobrar "luvas" de organizações não-governamentais (ONG) sob suspeita.
Uma semana depois, o ministro foi acusado de ter viajado, em 2009, num avião pago por um empresário que administrava algumas dessas ONG.
Com a ausência de novas notícias por alguns dias, acreditou-se que a presidente conseguiria atingir seu objectivo de manter Lupi no cargo até Janeiro, quando deverá ser feita uma reforma ministerial.
Porém, na semana passada, uma reportagem do jornal Folha de São Paulo denunciou que Lupi havia acumulado dois cargos públicos, um no Rio de Janeiro e outro em Brasília, simultaneamente, entre 2000 e 2005, o que é ilegal.
Na última quarta-feira, a Comissão de Ética Pública da Presidência da República decidiu recomendar à Presidente que exonerasse o ministro do Trabalho, por considerar que ele havia dado explicações insuficientes às acusações.
Segundo a imprensa brasileira, o problema com o Ministério do Trabalho foi o motivo pelo qual a presidente Dilma Rousseff cancelou sua participação na segunda sessão plenária da cimeira em Caracas, na Venezuela, que fundou a Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (CELAC).
Mais Brasil
3 comentários:
fanfarrão, mentiroso. submete o seu ministério aos interesses dos empresários para manter o imposto sindical. Ruba-se um dia do trabalho do operário para ser entregue a uma quadrilha de sindicalistas vendidos
fanfarrão, mentiroso. submete o seu ministério aos interesses dos empresários para manter o imposto sindical. Ruba-se um dia do trabalho do operário para ser entregue a uma quadrilha de sindicalistas vendidos
Dilma virou a faxineira da república. Que fim patético para a era do lulopetismo !!!!
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