Cavaco Silva não é o presidente de todos os portugueses, porque não é meu, mas, pelo menos, poderia ter feito um esforço por me contrariar, tentando ser melhor. Não por mim, entenda-se, mas pelo país.
Mesmo admitindo que não sinta especial afeição por Passos Coelho, declarações como “não sei que Governo terá sido mais escrutinado do que este” ou que é “bom que os portugueses estejam conscientes de que os membros do Governo são pessoas e não super-homens, a que não se podem pedir milagres” parecem revelar a absoluta parcialidade de alguém que deveria funcionar como um árbitro.
Se tivéssemos em Belém um Presidente de todos os portugueses, Passos Coelho teria sido chamado depois de ter aconselhado os desempregados a emigrar e o Orçamento de Estado teria merecido um pedido de fiscalização. Se Cavaco Silva não está ao lado de todos os cidadãos, o PSD pode, pelo menos, contar com o seu apoio. É, sem dúvida, um homem com sentido de família. Sentido de Estado é outra coisa.
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