sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Conselho Constitucional valida resultados da eleições intercalares em três municípios



MMT – LUSA

Maputo, 23 dez (Lusa) - O Conselho Constitucional (CC) de Moçambique validou hoje os resultados das eleições intercalares do dia 07 dezembro, confirmando a vitória do Movimento Democrático de Moçambique no município de Quelimane, e da FRELIMO em Pemba e Cuamba.

Os resultados finais dão ao candidato do MDM (Movimento Democrático de Moçambique), terceiro maior partido moçambicano, Manuel de Araújo, uma vitória com 63,14 por cento em Quelimane, quarta cidade do país, no centro.

O candidato da FRELIMO, Lourenço Abubacar, ficou em segundo lugar com 36,86 por cento do total dos votos expressos, de acordo com o apuramento hoje apresentado pelo presidente do Conselho Constitucional, Hermenegildo Gamito.

Segundo Hermenegildo Gamito, o Conselho Constitucional decidiu validar os resultados do escrutínio por considerá-lo "justo, livre e transparente".

Contudo, o órgão que dirime os conflitos eleitorais acusou o partido FRELIMO de uso indevido de bens de Estado, nomeadamente automóveis durante a campanha eleitoral.

Reagindo, o membro da FRELIMO Sérgio Pantie negou que o partido no poder em Moçambique tenha utilizado bens de Estado para proveito próprio durante a caça ao voto, assinalando que a sua formação política tem meios.

Segundo o CC, para a presidência do município de Pemba, norte, foi eleito Tagir Ássimo Carimo, da FRELIMO, com 88,8 por cento dos votos, seguido por Assamo Tique, do MDM, com 9,75 por cento, e por Emiliano Moçambique, do Partido Humanitário de Moçambique (PAHUMO), com 1,45 por cento do total dos votos.

Em Cuamba, norte de Moçambique, ganhou o candidato da FRELIMO, Vicente da Costa Lourenço, seguido por Maria Moreno, do MDM, com 35,30 por cento.

As eleições intercalares nos três municípios foram suscitadas pela renúncia dos respetivos presidentes, aparentemente por pressões do seu partido, FRELIMO, por alegado mau desempenho.

A RENAMO, principal partido da oposição em Moçambique, não participou no escrutínio, alegando uma fraude a favor da FRELIMO.

*Foto em Lusa

Sem comentários:

Mais lidas da semana