terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Economista promoveu em Macau projetos portugueses avaliados em 600 ME



JCS - LUSA

Macau, China, 13 dez (Lusa) - A crise financeira criou "excelentes oportunidades" de investimento no mercado imobiliário português, defende o economista Jorge Pereira que está em Macau com um portefólio de propriedades avaliadas em 600 milhões de euros.

Com vários contactos na atual Região Administrativa Especial chinesa, fruto da sua passagem de vários anos em Macau, onde foi vice-presidente executivo da Autoridade Monetária e administrador de empresas como a Nam Van ou o Finibanco, Jorge Pereira sustenta que a "crise abriu oportunidades únicas".

"A China, sendo no seu todo um viveiro de investidores", é um espaço que não pode ser ignorado em termos de captação de investimento, sublinhou.

É que, disse, vive-se uma "situação em que a crise, ao determinar uma grande falta de liquidez no mercado e a ausência de financiamento bancário, colocou tremendos problemas a todas as empresas nacionais e, nomeadamente, às envolvidas no sector imobiliário".

Com essa escassez de liquidez, criaram-se "excelentes oportunidades de investimento uma vez que as empresas precisam de alienar património para resolver as suas prementes necessidades financeiras e aproveitou-se o facto de conhecermos bem o mercado da China, onde incluímos Macau e Hong Kong, para interessar e garantir aos investidores as potencialidades destes investimentos", disse.

Na carteira de investimentos, entre herdades no Alentejo, quintas no Douro, apartamentos de norte a sul do país, centros logísticos ou edifícios de escritórios e habitação, Jorge Pereira tem apenas um projeto que não está concluído, mas sublinha aos interessados que as garantias do promotor são mais que suficientes para a conclusão da obra.

"Para pessoas que estão longe há que ter cuidados redobrados nos investimentos que se fazem em projeto e por isso apostamos em coisas de qualidade, mas concluídas ou com elevadas garantias de conclusão", disse.

Com novas potencialidades de investimentos imobiliários em Portugal, Jorge Pereira explica que a promoção junto de investidores na China não é única e o mesmo conceito está a ser replicado na Rússia, Angola, Brasil e Médio Oriente, cinco mercados que podem ser interessantes para as disponibilidades.

"À exceção dos imóveis para habitação, os imóveis que pretendemos colocar estão arrendados, com longos prazos de arrendamento, a entidades de elevada credibilidade e garantem rendimentos muito atrativos", porque na maioria das situações "só a crise financeira e a necessidade de realização de liquidez leva a que as empresas necessitem de desfazer-se de alguns ativos para garantirem o seu desenvolvimento", explicou.

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