terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Guiné-Bissau: CHEFE DA ARMADA GUINEENSE ESTÁ DETIDO NO QUARTEL DE MANSOA



RTP – LUSA, com foto

O chefe do Estado-Maior da Armada guineense, Bubo Na Tchuto, é um dos seis militares detidos no quartel de Mansoa, norte da Guiné-Bissau, acusados de envolvimento na alegada sublevação militar de segunda-feira, disse à Agência Lusa uma fonte militar.

De acordo com a fonte do Estado-Maior General das Forças Armadas, Bubo Na Tchuto é apontado, pelas informações disponíveis, como sendo o líder da sublevação e por ordens do Estado-Maior General das Forças Armadas foi detido na segunda-feira e conduzido para o quartel de Mansoa, 60 quilómetros a norte de Bissau.

Foi no mesmo quartel onde, em abril de 2010, Bubo Na Tchuto mandou deter o ex-chefe do Estado-Maior das Forças Armadas guineenses Zamora Induta, numa ação idêntica conduzida por ele e pelo atual chefe das Forças Armadas, António Indjai.

O presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos, Luís Vaz Martins, disse à Lusa ter já conhecimento de pessoas detidas, adiantando que pretende ainda hoje falar com o Chefe do Estado-Maior, António Indjai, para pedir autorização para visitar os detidos.

"Estamos preocupados com a situação dos detidos. Sabemos que foram detidos, até esta altura, seis militares, entre os quais Bubo Na Tchuto. Ouvimos falar também da detenção de alguns civis, queremos visitá-los a todos para saber como estão", afirmou Vaz Martins.

"Estamos preocupados com a sorte de alguns civis que ouvimos que teriam sido detidos ou estão a ser procurados para serem detidos", explicou Vaz Martins, acompanhado de outros dirigentes da Liga.

"Pelo menos sabemos da detenção confirmada de um civil, na 2ª Esquadra de Bissau", disse o presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos.

Na segunda-feira, registaram-se conflitos entre militares, com o chefe das Forças Armadas a considerar a ação uma "tentativa de subversão da ordem constitucional", mas o Governo negou que tenha havido uma tentativa de golpe de Estado, confirmando apenas um assalto ao paiol do Exército.

O executivo anunciou a criação de uma comissão de inquérito para investigar os conflitos militares.

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