terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Guiné-Bissau: GREVE DE MOTORISTAS PARALISA PAÍS



ANGOLA PRESS

Bissau - Os condutores de transporte público e privado da Guiné-Bissau iniciaram hoje (terça-feira) uma greve geral de três dias para protestarem contra aquilo que consideram ser "comportamento abusivo" dos agentes da polícia de trânsito.

Braima Sané, presidente do sindicato dos motoristas da administração pública, privados e afins (Simapa) disse à Agência Lusa que a greve "é para levar até ao fim", isto é, até quinta-feira, "a não ser que o Governo aceite as reivindicações" dos motoristas.

Os transportadores e os proprietários dos veículos consideram excessivas as operações 'stop' nas estradas do país, querem que haja um balcão único para o pagamento das multas e que a polícia do trânsito passe a dar recibo em caso de pagamento de qualquer infracção cometida na via pública.

"Às vezes pagamos a multa a um agente que na nossa frente mete o dinheiro no seu bolso. Há ainda aqueles que passam a multa numa folha em branco", disse o presidente do sindicato dos motoristas.

O Simapa acha ainda excessiva a multa que é cobrada na Guiné-Bissau.

"Nos países da sub-região a multa mais alta que se paga, em caso de uma infracção rodoviária normal é de sete mil francos CFA, aqui pagamos às vezes até 50 mil francos ou mais", afirmou Braima Sané.

Os efeitos da greve dos transportes públicos, táxis, candongas (transportes colectivos interurbanos) e toca-toca (transportes colectivos inter -bairros de Bissau), já se fazem sentir com milhares de pessoas a andarem a pé em direcção aos locais de trabalho.

Na paragem (gare) central de Bissau a Lusa constatou que não existe a habitual entrada e saída de "candongas" que levam ou trazem pessoas de ou para o interior do país.

Siaca Danso, responsável do Simapa na paragem de Bissau disse à Lusa que vários passageiros querem viajar mas não há transporte.

A associação dos pais e encarregados dos alunos também apelou ao entendimento entre o sindicado dos motoristas e o Governo, alertando para o facto de muitas crianças não puderem ir hoje à escola por falta de transportes públicos.

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