ANGOLA PRESS
Bissau - As trocas comerciais entre a Guiné-Bissau e Portugal estão a registar um "crescimento assinalável" e em 2010 atingiram um volume de cerca de 38 milhões de dólares, revelou a ministra da Economia guineense, Helena Embaló.
A governante falava segunda-feira à noite num seminário organizado pela Câmara do Comércio, Indústria, Agricultura e Serviços (CCIAS) da Guiné-Bissau, no âmbito da semana do empresário guineense e no qual participam doze homens de negócios portugueses.
De acordo com Helena Embaló, Portugal é um dos principais parceiros comerciais e de investimentos na Guiné-Bissau, estando as empresas portuguesas ou de capitais portuguesas "em todos os sectores de actividade económica".
A banca, seguros, distribuição de combustíveis, construção civil, obras públicas, processamento de produtos agrícolas, pescas e comércio geral são os ramos de actividades onde se encontram as empresas portuguesas, notou a ministra da Economia guineense.
Em 2010, a importação de produtos portugueses para a Guiné-Bissau, nomeadamente géneros alimentícios, materiais de construção, equipamentos, acessórios para máquinas, mobiliário, lectrodomésticos, vestuário, calcado, materiais escolares, artigos de escritório e bebidas, representaram cerca de 37,7 milhões de dólares.
No mesmo ano, as exportações da Guiné-Bissau para Portugal de produtos tais como a castanha do caju, a madeira serrada, a madeira em toros e óleo de palma atingiram uma cifra de 293 milhões de dólares, revelou ainda Helena Embaló.
Mesmo com esses números, a ministra da Economia considera deficitário o saldo da balança comercial com Portugal, observando que em 2010 registou-se um saldo negativo nas trocas comerciais de 37,4 milhões de dólares.
Helena Embaló responsabilizou a crise que se vive na Europa como a razão principal pelo défice nas trocas comerciais entre a Guiné-Bissau e Portugal, mas ainda assim diz estar confiante que doravante existem condições para a retoma das trocas e boas perspectivas do crescimento económico do país.
Embaló exortou os empresários portugueses a considerarem a Guiné-Bissau como "porta de entrada" para mercados sub -regionais "abertos e dinâmicos" com mais de 300 milhões de potenciais consumidores. A governante guineense referia-se a União Económica e Monetária Oeste Africana (UEMOA) e a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).
*Foto em Lusa
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