MB - LUSA
Bissau, 27 dez (Lusa) - A Guiné-Bissau retoma hoje a normalidade um dia após as altercações dos militares nos quartéis, com as lojas, as instituições públicas em funcionamento e os transportes em circulação por todo país.
Na capital, em Bissau, o movimento de pessoas e viaturas no centro da capital é normal em todas as estradas.
A única novidade é a presença de soldados nas imediações da residência do primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior, situada em frente à embaixada de Angola e ao lado dos escritórios do Banco Mundial.
Na própria residência do dirigente são visíveis soldados armados, aparentemente descontraídos e a conversam entre si, enquanto passam pelo local alguns curiosos.
A rua é transitável depois de ter estado durante toda a noite de domingo fechada ao trânsito a viaturas e pessoas.
Quando a reportagem da agência Lusa passou pelo local Carlos Gomes Júnior ainda se encontrava em casa.
A vida regressa a normalidade depois de uma noite calma cortada apenas por disparos esporádicos de armas automáticas no bairro de Luanda onde se situa o quartel do Exército.
Fonte militar contactada pela Lusa indicou que foram "operações normais de limpeza de pequenas bolsas de resistência", isto é, detenção de militares apontados como estando envolvidos na "tentativa de subversão à ordem constitucional" como foi caracterizada, na segunda-feira, pelo chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas guineenses, António Indjai.
A normalidade regressa ao país mas as conversas e as emissões das rádios de Bissau são quase unânimes em questionar o porquê de mais esta sublevação militar e seus implicados.
O Governo emitiu no telejornal da televisão pública - única estação televisiva do país - um comunicado no qual condena a ação militar e promete um total esclarecimento da situação através de uma comissão de inquérito a ser criada brevemente.
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