DIÁRIO DE NOTÍCIAS - LUSA
O secretário-geral do PCP considerou hoje "inaceitáveis" as afirmações do primeiro-ministro no sentido de os professores desempregados emigrarem, desafiando Passos Coelho a explicar aos portugueses porque é que toma medidas que aumentam o desemprego.
"Como é que estão preocupados com o emprego se todas as medidas que tomam vão no sentido de mais desemprego, com esta ideia peregrina que Passos Coelho foi avançando já que a alternativa será a emigração para o Brasil ou para Angola. É inaceitável", afirmou Jerónimo de Sousa.
O líder do PCP, que falava aos jornalistas à margem de um almoço convívio com militantes do partido que hoje se realizou na escola secundária da Parede, concelho de Cascais, sublinhou ainda que "a juventude tem direito a ficar no seu país, a construir aqui o seu futuro, as suas vidas e a sua própria autonomia".
Jerónimo de Sousa, que acusou o Governo de estar preocupado com o emprego mas tomar medidas que fazem aumentar o desemprego, desafiou o primeiro-ministro a explicar essa "contradição".
Sobre as reformas estruturais para combater o desemprego em 2012, apresentadas na reunião informal de Conselho de Ministros, a decorrer no Forte de São Julião da Barra, em Oeiras, Jerónimo de Sousa afirmou que "reforma é uma palavra de conveniência".
"Significa pôr os trabalhadores portugueses a trabalharem mais 20 dias por ano à borla, com a liquidação dos feriados e mais meia hora por dia ou a reforma da Segurança Social que significará a médio e longo prazo a falta de sustentabilidade. Ou seja, aquilo que é nefrálgico no Estado Social, este Governo procura demolir tudo", disse Jerónimo de Sousa.
Ainda sobre as perspectivas de Passos Coelho de diminuir os impostos até 2015, o líder do PCP afirmou: "Antes diziam que em 2013 vamos começar a recuperação, mas a OCDE veio mostrar que isso era conversa fiada. Agora já vão anunciando para 2015. Qualquer dia estão a anunciar para 2020".
Sem comentários:
Enviar um comentário