ÁFRICA 21, com Agência Brasil
Ocorrências de desaparecimentos aumentaram 20% em quatro anos no Rio de Janeiro.
Rio de Janeiro – As ocorrências de desaparecimento no estado do Rio de Janeiro aumentaram 20% em quatro anos. O número de registros passou de 4.562 em 2006 para 5.473 em 2010, segundo dados oficiais do Instituto de Segurança Pública (ISP), órgão de pesquisa em criminalidade do governo do estado.
Nos nove primeiros meses deste ano, foram registrados os desaparecimentos de 4.196 pessoas, 5,2% a mais do que no mesmo período do ano passado. “É preciso haver uma pesquisa sobre o paradeiro de pessoas desaparecidas, porque enquanto nós não soubermos quantos foram mortos nestes que estão na lista de desaparecidos, nós nunca vamos poder saber quantas vidas foram interrompidas pelo crime”, ressalta o presidente da organização não governamental Rio de Paz, Antônio Carlos Costa.
Ele cita como exemplo de desaparecidos dois casos emblemáticos no Rio de Janeiro. Um deles é o da engenheira Patrícia Franco, que desapareceu na madrugada de 14 de junho de 2008, na Barra da Tijuca. Seu carro foi encontrado com marcas de bala numa lagoa do Rio, mas seu corpo nunca foi achado. Três anos depois, a Justiça decidiu declarar a morte presumida da engenheira.
Outro exemplo é o caso do menino Juan Moraes, que desapareceu depois de uma operação policial na favela Danon, no município de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Seu corpo talvez nunca fosse encontrado se a imprensa não se mobilizasse em torno do caso. Dias depois do desaparecimento o corpo do menino foi encontrado na beira de um rio durante uma busca policial.
Dois estudos do Instituto de Segurança Pública (ISP), realizados em 2009 e 2011 com uma amostra de 10% dos desaparecimentos, revelaram que as pessoas retornam para casa em 70% dos casos. Em 15% dos episódios não se sabe o que ocorreu e, em 5% descobre-se posteriormente que a vítima está morta (dos quais 2% são homicídios ainda não registrados).
Por esses cálculos, é possível que o percentual de pessoas mortas depois de desaparecidas chegue a 20% dos casos. Sendo assim, em 2010, poderiam ser contabilizadas mais 1.094 mortes no estado, além das 5.829 óbitos violentos intencionais registrados oficialmente.
Nos nove primeiros meses de 2011, os casos de possíveis mortes decorrentes de desaparecimentos podem chegar a 839, além das 3.850 mortes violentas intencionais registradas pelo ISP. A Agência Brasil procurou a Secretaria de Segurança do Rio de Janeiro para saber o que está sendo feito para reverter a tendência de aumento do número de desaparecidos no estado, mas não obteve resposta.
Nos nove primeiros meses deste ano, foram registrados os desaparecimentos de 4.196 pessoas, 5,2% a mais do que no mesmo período do ano passado. “É preciso haver uma pesquisa sobre o paradeiro de pessoas desaparecidas, porque enquanto nós não soubermos quantos foram mortos nestes que estão na lista de desaparecidos, nós nunca vamos poder saber quantas vidas foram interrompidas pelo crime”, ressalta o presidente da organização não governamental Rio de Paz, Antônio Carlos Costa.
Ele cita como exemplo de desaparecidos dois casos emblemáticos no Rio de Janeiro. Um deles é o da engenheira Patrícia Franco, que desapareceu na madrugada de 14 de junho de 2008, na Barra da Tijuca. Seu carro foi encontrado com marcas de bala numa lagoa do Rio, mas seu corpo nunca foi achado. Três anos depois, a Justiça decidiu declarar a morte presumida da engenheira.
Outro exemplo é o caso do menino Juan Moraes, que desapareceu depois de uma operação policial na favela Danon, no município de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Seu corpo talvez nunca fosse encontrado se a imprensa não se mobilizasse em torno do caso. Dias depois do desaparecimento o corpo do menino foi encontrado na beira de um rio durante uma busca policial.
Dois estudos do Instituto de Segurança Pública (ISP), realizados em 2009 e 2011 com uma amostra de 10% dos desaparecimentos, revelaram que as pessoas retornam para casa em 70% dos casos. Em 15% dos episódios não se sabe o que ocorreu e, em 5% descobre-se posteriormente que a vítima está morta (dos quais 2% são homicídios ainda não registrados).
Por esses cálculos, é possível que o percentual de pessoas mortas depois de desaparecidas chegue a 20% dos casos. Sendo assim, em 2010, poderiam ser contabilizadas mais 1.094 mortes no estado, além das 5.829 óbitos violentos intencionais registrados oficialmente.
Nos nove primeiros meses de 2011, os casos de possíveis mortes decorrentes de desaparecimentos podem chegar a 839, além das 3.850 mortes violentas intencionais registradas pelo ISP. A Agência Brasil procurou a Secretaria de Segurança do Rio de Janeiro para saber o que está sendo feito para reverter a tendência de aumento do número de desaparecidos no estado, mas não obteve resposta.
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