TSF - ontem às 21:34
Os militares que foram promovidos indevidamente vão sofrer um corte nos salários, regressando ao nível salarial de 2009. A associação de sargentos fala em falta de respeito.
Os ministros da Defesa e das Finanças assinaram, esta sexta-feira, o despacho que faz regressar milhares de militares ao nível remuneratório que tinham em 2009, antes de vigorar o novo sistema retributivo.
«Há dois dias estivemos no Ministério a apelar à sensibilidade do senhor ministro para perceber toda esta matéria e não enveredar cegamente por esta aplicação», mas assim não foi entendido, lamentou o presidente da Associação Nacional de Sargentos.
Lima Coelho sublinhou que, «à revelia do que a própria lei prevê, as associações sócio-profissionais não foram minimamente tidas ou achadas neste processo, o que também demonstra a atitude de arrogância e sobranceria com que este Governo decide algumas matérias».
«Não conhecendo ainda o texto, ressalta logo à cabeça o total desrespeito pelas chefias militares, a desautorização dos próprios chefes militares e, por consequência, o desrespeito por toda a instituição», vincou.
O dirigente da Associação Nacional de Sargentos entende que, depois da decisão do Governo, a distribuição dos sacrifícios acaba por ser mais penalizadora para os militares do que para outras classes profissionais.
«Para além de todos os cortes, regressões, congelamentos, que também atingem transversalmente os cidadãos portugueses, e nós militares não podemos nem queremos ficar de fora disso, há agora um núcleo restrito de profissionais militares que vão ver ainda mais agravada a sua condição social e a sua condição de vida», lamentou.
Para Lima Coelho, «é absolutamente incompreensível a forma como tudo isto está a ser conduzido, mais ainda quando não foi minimamente tido em conta o contraditório dos chefes militares».
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