sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Portugal: GREVE NA CP COM IMPACTO MÁXIMO AO INÍCIO DA MANHÃ




Paulo Miguel Madeira - Público

Serviços mínimos estavam a ser genericamente respeitados

A greve dos maquinistas da CP estava a decorrer até às 8h30 com uma supressão de comboios próxima do máximo possível, com os serviços mínimos a serem genericamente respeitados.

Das 68 composições que deveriam ter circulado até às 8h30 no âmbito dos serviços mínimos previstos, não se realizaram duas, nos comboios urbanos da região de Lisboa, disse ao PÚBLICO a directora de comunicação da CP, Ana Portela.

Os maquinistas da CP cumpriram integralmente os serviços mínimos até às 6h00 e ainda realizaram três comboios adicionais. A empresa põe a circular 1500 comboios por dia e tem por hábito não divulgar taxas de adesão à greve. No entanto, da informação disponível infere-se que até ao início da manhã a adesão deverá ter rondado os 100% – contando-se aqui apenas os profissionais que não tinham de prestar serviços mínimos.

Esta greve, convocada pelo Sindicato Nacional dos Maquinistas, começou à meia-noite e prolonga-se até domingo. O seu objectivo é obrigar a transportadora a reavaliar todos os processos disciplinares a maquinistas, visando o arquivamento.

Informação aos passageiros no site

A empresa recomenda que os passageiros consultem o seu sítio na Internet ou o serviço de atendimento telefónico, onde está disponível a informação exaustiva sobre todos os comboios que se deverão realizar durante o período de greve, disse ao PÚBLICO também a directora de comunicação da CP.

Para hoje, o Tribunal Arbitral decretou serviços mínimos que correspondem a 15% do serviço realizado num dia normal nos suburbanos de Lisboa e 16% no Porto. No longo curso representam 11% do normal, e no serviço regional 17%. A percentagem de serviços mínimos prevista face aos dias normais oscila durante o fim-de-semana.

O sindicado diz, num comunicado publicado no seu site, que “mantém toda a disponibilidade, no âmbito da proposta por si apresentada, para encontrar com a empresa as condições para superar o conflito”, com vista ao “cumprimento dos acordos de Abril e Junho de 2011”. E afirma ainda que os maquinistas continuarão a assegurar os serviços mínimos na greve agora em curso.

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