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São Paulo, 22 dez (Lusa) -- Os representantes dos funcionários de companhias aéreas que trabalham nos aeroportos brasileiros estão a manifestar-se hoje no aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo, divulgou a imprensa brasileira.
Segundo o jornal Folha de São Paulo, os sindicalistas afirmam que uma parte dos trabalhadores já está de "braços cruzados".
Os trabalhadores do setor aéreo determinaram uma greve a partir das 23:00 horas de hoje (21 horas em Lisboa), por tempo indeterminado
A Infraero (empresa que administra o aeroporto) informou que Congonhas opera normalmente e oito dos 32 voos programados (25 por cento) desde às 00:00 horas (22:00 horas de quarta-feira em Lisboa) tiveram atrasos acima de 30 minutos.
Entretanto, segundo o jornal, os trabalhadores e companhias aéreas fecharam um acordo no final da tarde de quarta-feira.
Os sindicatos ligados à Central Única dos Trabalhadores (CUT), que ameaçavam paralisar, pedem um reajuste salarial de 6,5 por cento.
A proposta foi aceite pelas empresas e o acordo deve ser assinado hoje.
Na terça-feira, as empresas fizeram um acordo com outros dois sindicatos de trabalhadores, do Rio de Janeiro e de Manaus, ligados à Força Sindical, fazendo um reajuste de 6,17 por cento nos salários.
Apesar da iminência do acordo, o sindicato das empresas (SNEA) recorreu à Justiça.
Na quarta-feira, o presidente do Tribunal Superior do Trabalho(TST), João Oreste Dalazen, determinou que pelo menos 80 por cento dos pilotos e comissários de bordo e dos funcionários de companhias aéreas nos aeroportos estejam nos seus postos de trabalho nos dias 23, 24, 29, 30 e 31 de dezembro.
Se desrespeitarem a decisão, o Sindicato Nacional dos Aeronautas, o Sindicato Nacional dos Aeroviários e os sindicatos do setor aéreo de Porto Alegre, Pernambuco e Guarulhos estarão sujeitos a multas de 100 mil reais (40 mil euros) por dia.
A Federação Nacional dos Trabalhadores em Aviação Civil (Fentac), ligada à CUT, afirmou que os sindicatos ainda não foram notificados oficialmente e que só falarão após tomarem conhecimento da liminar.
Em 2010, os trabalhadores do setor aéreo também anunciaram uma greve nas vésperas do Natal, mas uma decisão liminar da Justiça impediu a paralisação, que foi remarcada para janeiro. Mas as empresas e os funcionários acabaram entretanto por chegar a acordo.
Desta vez, a diferença é que as duas líderes de voos internos no Brasil, a TAM e a Gol, estão com prejuízos. Nos seus balanços do terceiro trimestre, comunicaram prejuízos de 619,7 milhões de reais e 516,5 milhões de reais (257,6 milhões de euros e 214,7 milhões de euros), respetivamente.
*Foto em Lusa
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