segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Coreia do Sul quer que Japão indenize escravas sexuais da ocupação




Thassio Borges – Opera Mundi   

Neste domingo (18/12), o presidente da Coreia do Sul, Lee Myung-bak, pediu ao primeiro-ministro do Japão, Yoshihiko Noda, que o país indenize as mulheres sul-coreanas que foram utilizadas como escravas sexuais antes e durante a Segunda Guerra Mundial (1939-45).

Durante uma reunião em Kioto, no Japão, os líderes chegaram a discutir também a cooperação econômica entre os países, além da situação com a Coreia do Norte. No entanto, o assunto principal da conversa foi mesmo as "mulheres de conforto", forma com a qual o exército japonês se referia às mulheres que eram trazidas da Coreia do Sul, mas também de outros países da região.

Lee pediu que o Japão tivesse a "coragem sincera para resolver, de forma prioritária, o assunto". O presidente considerou ainda que o tema é "um obstáculo nas relações bilaterais".

Acredita-se que pelo menos 200 mil mulheres foram usadas como escravas sexuais pelo exército imperial japonês durante a ocupação da Coreia, anteriormente à Segunda Guerra.

Nas últimas décadas, houve certa pressão internacional para que o Japão reconhecesse e se desculpasse formalmente pelos crimes cometidos contra as mulheres. Em 2007, por exemplo, o então primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, afirmou que não havia evidência de que tivesse havido coação das mulheres para que elas fossem levadas às chamadas "casas de conforto".

Testemunhos de vítimas envolvidas nos crimes, no entanto, trouxeram fortes relatos, indicando que muitas das mulheres eram raptadas e usadas como escravas sexuais dia e noite pelos soldados japoneses.

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