terça-feira, 31 de janeiro de 2012

JÁ SÃO CINCO OS CANDIDATOS ÀS PRESIDENCIAIS NA GUINÉ-BISSAU




O empresário Henrique Rosa anunciou esta terça-feira (31.01) a sua candidatura às eleições presidenciais na Guiné-Bissau. No partido no poder perfilam-se para já quatro candidatos. E o próximo poderá ser Kumba Ialá.

Henrique Rosa, que já foi Presidente interino da Guiné-Bissau, será candidato independente no escrutínio antecipado de 18 de março. O anúncio formal da sua candidatura deverá ser feito em breve.

O empresário candidatou-se às eleições presidenciais de 2009, mas acabou por perder para Malam Bacai Sanha, cuja morte no passado dia 9 de janeiro na capital francesa, Paris, originou eleições presidenciais antecipadas.

PAIGC com quatro nomes

Para já, são pelo menos quatro os elementos do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) a disputar o apoio do partido no poder nas presidenciais.

O primeiro-ministro guineense, Carlos Gomes Júnior, foi o primeiro a avançar na corrida presidencial. No passado dia 24.01, declarou ser o “candidato natural” do PAIGC. “Caso a direção do partido entenda que eu deva apresentar a minha candidatura”, disse.

O segundo a anunciar a sua candidatura, no último sábado (28.02), foi Serifo Nhamadjo, que é presidente interino do Parlamento.

De acordo com fontes partidárias, há mais dois nomes que vão disputar o apoio do partido: Baciro Djá, o atual ministro da Defesa, e Soares Sambu, antigo ministro dos Negócios Estrangeiros e ex-conselheiro político e diplomático de Malam Bacai Sanhá. Djá e Sambú, ambos membros do “bureau” político do PAIGC, não fizeram ainda qualquer declaração pública sobre o assunto.

Kumba Ialá, o “eterno candidato”

Para se candidatar às presidenciais, também deverá chegar esta semana a Bissau Kumba Ialá, o presidente do Partido da Renovação Social (PRS), o maior partido da oposição.

Antigo militante do PAIGC, Kumba Ialá fundou o PRS em 1992 e em 2000 foi eleito Presidente da República numa segunda volta disputada com Malam Bacai Sanha. Agora deverá tentar regressar à presidência, depois de ter sido deposto num golpe de Estado em 2003.

A apresentação das candidaturas às presidenciais tem de dar entrada no Supremo Tribunal de Justiça até 10 de fevereiro, devendo as listas de candidatos ser afixadas até 23 desse mês. O sorteio da ordenação dos candidatos nos boletins de voto realiza-se em finais de fevereiro e a campanha eleitoral decorre de 25 de fevereiro a 16 de Março. Os resultados das eleições serão publicados a 24 de março.

Autora: Madalena Sampaio/LUSA - Edição: António Rocha

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