HB – MSE – Lusa, com foto
Lisboa, 24 jan (Lusa) - O ministro da Educação de Portugal, Nuno Crato, está a partir de hoje em Timor-Leste, onde quer dar consequência a protocolos anteriores assinados entre os dois países e dar "maior força" à língua portuguesa.
"Espero que seja uma visita muito produtiva para dar uma maior força a este trabalho [de ensino da língua]", afirmou o governante à agência Lusa, antes de viajar para o país asiático.
A presença de cinco dias de Nuno Crato em Timor-Leste começa hoje em Dili com uma receção no Ministério da Educação timorense e decorre da assinatura de dois protocolos com as autoridades timorenses relativos às escolas de referência, com o objetivo de promover a qualificação do sistema educativo no país, e de assistência técnica na área de formação de recursos humanos.
Durante a estada em Timor-Leste, Nuno Crato manterá encontros com o vice-primeiro-ministro e com o ministro da Educação timorenses e visitará a Escola Portuguesa de Díli, as novas escolas de referência localizadas em vários distritos do país e ainda a Universidade Nacional.
"É muito importante para a universidade a ida de professores portugueses, porque muitos dos cursos não são dados em português e como é evidente o Governo de Timor-Leste quer que os cursos sejam dados em português e nós também", disse Nuno Crato.
"O português é uma das línguas oficiais de Timor-Leste e isso significa que toda a população de Timor-Leste, todos os jovens, têm muito a lucrar com o domínio claro desta língua", afirmou o ministro da Educação, salientando a importância que atribui à difusão do ensino da língua portuguesa.
Na comitiva de Nuno Crato, segue também a presidente do Instituto Camões, Ana Paula Laborinho.
No final de setembro, durante a visita oficial do primeiro-ministro timorense, Xanana Gusmão, a Portugal, foram assinados dois acordos relativamente à criação de escolas de referência e para reforço da cooperação entre os dois ministérios para a capacitação de recursos humanos.
Segundo uma nota à imprensa divulgada na altura pelo Ministério da Educação de Portugal, o "Protocolo para a Criação e Desenvolvimento das Escolas de Referência tem como objetivo a criação de estabelecimentos de ensino de excelência em Timor-Leste, sob a gestão administrativa da Escola Portuguesa de Díli".
1 comentário:
Todos os anos assinam-se acordos. Ora para que é que se serve um acordo quando não é implementado? Discursos são bons mas é preciso trabalhar, no dizer de Gaspar Sobral.
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