terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Portugal: A FILHA DA PUTICE DIGITAL TERRESTRE





O caso TDT é muito fácil de explicar: em Portugal mandam as empresas e as empresas, como agora os seus criadinhos assumem, vivem para o lucro passando por cima do que for preciso.

O espectro radioelectrico faz parte do nosso património natural, digamos assim. Ao libertar o que estava ocupado pela tv analógica (que fica para os telemóveis de 4ª geração) e ao distribuir o digital (que tem capacidade para dezenas de canais) o governo onde ainda pontificava Augusto Santos Silva só tinha que garantir para os cofres do estado a renda das concessões e como contrapartida impor às empresas que ganhassem os concursos que todos os portugueses no mínimo continuassem com acesso à televisão de sinal aberto sem qualquer custo. Assim se fez noutros lados.

Aqui não. Aqui a PT ficou com a rede da TDT, e como é óbvio começou por impor que esta não lhe faria concorrência ao seu, ou seja ao Meo: nada de canais em sinal aberto, que ainda deixo de vender o cabo. Foi aprovado um a repartir entre RTP, SIC e TVI, que como é óbvio não se entenderam. E nas próximas semanas os que não têm dinheiro deixarão de ter vícios, como se sabe ver televisão é um vício, e pobre à noite que faça filhos, mesmo que já não tenha idade para isso.

A Augusto Santos Silva só lanço um repto: vá visitar nos próximos meses as aldeias que voltaram aos anos 60, tv é no café, e justifique-se, ou peça desculpa, ou o raio que o parta (prefiro a última versão).

Quanto a Miguel Relvas, que herdou o estrago e o deixou andar, faça o mesmo, sempre pode levar segurança do estado.

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