domingo, 15 de janeiro de 2012

Portugal: DESEMPREGO MANTÉM-SE ENTRE OS JORNALISTAS





Por que razão haviam os jornalistas de escapar ao desemprego? Em 2010, a Caixa dos Jornalistas pagou subsídios a 209 jornalistas, menos 4 casos do que em 2009. Mas cresceram os subsídios sociais e os subsídios parciais de desemprego.

Em 2010, entraram na Caixa de Previdência e Abono de Família dos Jornalistas 173 novos processos de subsídio de desemprego, dos quais 115 para atribuição de novos subsídios de desemprego e 38 de novos subsídios sociais, refere uma nota do Sindicato dos Jornalistas.

Os números, segundo o sindicato, não reflectem a realidade total do emprego na classe, já que também os centros regionais da Segurança Social processam subsídios a jornalistas. Mas a evolução pode dar uma indicação do mercado na comunicação social.

Desde 2005, o número de novos desempregados atingiu um pico em 2006 (312 novos casos) e reduziu-se até 2008 (137). Mas voltou a subir em 2009 (184) e em 2010 (165). Por outro lado, o número de subsídios sociais de desemprego (atribuído quando se esgotou o tempo de atribuição do subsídio de desemprego) ou de subsídios parciais (atribuídos quando o jornalista arranja pequenos trabalhos), acompanhou a tendência dos novos processos (com algum desfasamento) e voltou a crescer em 2010.

No total, se em 2006 havia 350 jornalistas apoiados, esse número reduziu-se desde então até 157 em 2008 e voltou a subir em 2009 (213) e 2010 (209).

Segundo o sindicato dos jornalistas, a principal origem dos desempregados continua a sediar-se nos principais grupos de comunicação social, que abrangeram quase quatro quintos dos 254 novos processos para subsídio de desemprego entrados no conjunto dos dois últimos anos.

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