A. Pedro Correia - Aventar
Durante anos, a ofensiva ideológica neo-liberal foi passando a sua cartilha baseada em algumas “verdades” salvadoras. Repetiu-se até à exaustão que o estado era o papão e os privados, coitados, as vítimas. Entre os argumentos mais usados, havia dois que fluíam sempre na boca dos novos evangelizadores:
- O estado faz mal, os privados fazem melhor.
- A presença do estado no mercado impede a concorrência e a livre concorrência faz baixar os preços.
Apesar dos factos desmentirem estas “verdades”, apesar de nunca termos visto uma descida sustentada dos preços após uma privatização, estes argumentos, de tão repetidos, passaram para o senso comum. O Provedor de Justiça vem agora dizer que teme uma subida de custos para o consumidor nos serviços públicos que vão ser privatizados e frisou que
Da próxima vez que falar num estado-papão e em privados-santinhos, pense duas vezes antes de dizer asneiras e ampliar uma mentira que não passa a verdade só porque é dita por gente aparentemente séria. Como o meu avô me ensinou, o estado somos nós. Quando algo que é nosso passa para a posse de outrém, quem perde somos nós.
1 comentário:
Para AVENTAR ainda mais:
Todos esses caras que estão aí são apenas as caras dum produto do mercado chamado Governo de Portugal: apátridas mercenários, submissos e só depois mentirosos!
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