sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Timor-Leste - Agência Lusa: CADA CAVADELA… UMA MINHOCA!



ANTÓNIO VERÍSSIMO

Temos vindo a fazer reparos e criticas - que pretendemos construtivas - sobre o mau serviço prestado pela Agência Lusa  nas notícias que NÃO FAZ acerca da atualidade timorense, verificando-se mesmo excessivos períodos de NENHUMA notícia em português quando sabemos e verificamos que a comunicação social timorense mostra quotidianamente que há mais que razões para haver notícias em português. A atividade politica e social de Timor-Leste fervilha, razão de sobra para que a Lusa saia da Delegação que tem em Díli, se inteire do que acontece no país e nos informe em português sobre essa atualidade.

Perante esta vergonhosa ausência de notícias em português (porque em tétum elas existem na comunicação social timorense) temos vindo a perguntar se a Lusa está a fazer férias em Timor-Leste. A Lusa ainda não nos respondeu… Melhor, a Lusa responde-nos com o seu silêncio e contínuo alheamento da atualidade timorense. Nem tem de nos responder, mas sim sair da sua atitude autista, ganhar vergonha, e fazer o que deve: informar em português. A RTP, igualmente com equipa de informação no país, quase que anda pela mesma atitude, mas sempre vai aparecendo esporadicamente. Saliente-se que os custos de ambas as equipas - ditas de informação - destacadas em Díli, custam aos contribuintes portugueses largas centenas de milhares de euros por ano.

As razões porque assim acontece desconhecemos. Sabemos, isso sim, que a Lusa anteriormente sempre fazia alguma cobertura disto ou daquilo que acontecesse em Timor-Leste e que de há tempos a esta parte a atualidade timorense produzida pela Lusa tem sido praticamente ZERO. Salve-se uma notícia veiculada ontem, compilada pelo Página Global do site da RTP - Timor-Leste: NOVA ZELÂNDIA VAI ENVIAR MAIS TROPAS ANTES DAS ELEIÇÕES – que nos dá conta de algo quase irrelevante: a chegada a Timor-Leste de mais umas dezenas de militares neozelandeses… Muita parra para tão pouca uva. Para já será melhor não tecer aqui mais considerações.

LISA VERSUS LUSA

Sobre a notícia acima referida e disposta com link temos um comentário em Página Global. Podemos assegurar que Lisa, a autora, sabe o que escreve sobre a Lusa e sobre a "gralha" que parece não ter sido corrigida até agora – tal é o “desprendimento” e descontração que vai naquela “casa lusa”.

Lisa comenta:

"Esta notícia foi originalmente publicada pela Lusa, "HAJAM DEUSES" mas... Está INCORRETA! O primeiro-ministro da Nova Zelândia é o John Key e não Helen Clark! A senhora Clark foi de facto PM da Nova Zelândia, mas o seu mandato terminou em 2008.

Eu acho que os chefes de redação da Lusa também estão de férias, não só os jornalistas, porque os despachos antes de serem postos na linha, são sempre editados pelos chefes! Fala quem sabe... - Lisa"

POIS…

A existência de “gralhas” pode ser um dos maiores temores de jornalista que se preze, a existência de informação errada ainda mais é temida. Para minimizar que erros de portugês ou de outra espécie aconteçam existiam os “revisores” nos jornais – isto no tempo dos “dinossauros”, agora nem faço a mínima ideia de como são os procedimentos – mas há sempre um responsável que revê e aprova (edita) a publicação da notícia elaborada pelo jornalista, o chefe de redação… Neste caso falhou, mas neste caso podem e devem corrigir na peça que estiver online, ao menos. Mas a Agência Lusa não o fez. Podemos ver que em Sapo TL foi publicada a mesma notícia sem a devida correção, até agora. Certo é aquilo que Lisa informa e que deve ser corrigido.

Temos então o panorama desagradável e por explicar de uma enorme e injustificada ausência de notícias sobre Timor-Leste, em português. Responsabilidade da Lusa. Temos uma notícia “milagrosamente” publicada ontem e que não passa de lana caprina se compararmos com o que acontece diariamente em Timor-Leste que merece a devida relevância e divulgação…

Hajam Deuses! Que os santinhos do céu e da terra venham iluminar a agência do senhor Afonso Camões, presidente da Lusa. Que façam com que a dita agência se suma do cenário “cada cavadela uma minhoca”. É que parece que não dá uma certa lá para as bandas de Timor-Leste. E os portugueses que pensavam que Camões era somente zarolho… Não, afinal é cego, surdo e mudo – visto que não corrige o que há para corrigir com urgência. Vá lá, Camões, sabemos pela história da época eras um grande valdevinos, lambe-botas e oportunista, quase ditador... Agora que te finaste há tanto tempo e que estás “lá em cima” dá um olhinho pela Lusa e faz o milagre de que consiga informar-nos sobre Timor-Leste e resto do mundo correta e atempadamente. É que a Lusa não é uma mercearia, ou é? Se assim for, o que estão fazer os bons profissionais que ainda lá existem? Prateleiras e etc.?

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