Público
A RTP fez “uma triste” figura na polémica sobre o fim do programa “Esse Tempo”e alimentou, no mínimo, uma suspeição de censura que o desmentido do director-geral não dissipou, disse em comunicado a Comissão de Trabalhadores da Rádio e Televisão.
Num documento divulgado na noite de quarta-feira, com o título “Não basta sê-lo, é preciso parecê-lo”, a Comissão de Trabalhadores (CT) da RTP fala das acusações de censura suscitadas pela decisão de acabar com o programa da Antena 1 “Este Tempo”, incluindo as do jornalista Pedro Rosa Mendes, cronista do programa, e das declarações do director-geral da empresa, alegando que foi um fim já previsto.
É no meio desta polémica que a CT entende que a RTP “fez uma figura triste e alimentou, no mínimo, uma suspeição de censura que mesmo o desmentido do director-geral não consegue dissipar inteiramente”.
Mesmo entrando no campo das suposições - “que fosse falso tudo o que disse Pedro Rosa Mendes “ -, a CT deixa três perguntas à RTP:
“E ao dar a machadada final no programa não se percebeu como essa decisão, neste momento e neste contexto, só podia ser vista como censória? Não se percebeu como a acusação de censura lesava a imagem da rádio pública? E não se percebeu como esses estragos na imagem da RDP se tornavam duplamente graves na sequência dos estragos que o programa “Reencontro” tinha deixado no prestígio da televisão pública?”
O comunicado adianta ainda que o programa “Reencontro” transmitido a partir de Luanda no passado dia 16 pela televisão pública “escamoteou a realidade angolana (...), como se tratasse de uma agência de comunicação do MNE, dando afinal execução e cumprimento”às recomendações do relatório Duque “que a abominação pública parecia ter relegado, merecidamente, para o caixote do lixo da História”.
Por fim, admitindo que a decisão de acabar com o programa “Esse Tempo” se inscreva numa nova concepção para o futuro da RTP, a CT reclama, ao abrigo da lei, ser ouvida sobre o dito processo de reestruturação.
No Parlamento, a comissão para a Ética, a Cidadania e a Comunicação, aprovou na quarta-feira ouvir os directores de informação (João Barreiros) e programação (Rui Pego) da rádio pública sobre o fim do programa “Esse Tempo”.
É no meio desta polémica que a CT entende que a RTP “fez uma figura triste e alimentou, no mínimo, uma suspeição de censura que mesmo o desmentido do director-geral não consegue dissipar inteiramente”.
Mesmo entrando no campo das suposições - “que fosse falso tudo o que disse Pedro Rosa Mendes “ -, a CT deixa três perguntas à RTP:
“E ao dar a machadada final no programa não se percebeu como essa decisão, neste momento e neste contexto, só podia ser vista como censória? Não se percebeu como a acusação de censura lesava a imagem da rádio pública? E não se percebeu como esses estragos na imagem da RDP se tornavam duplamente graves na sequência dos estragos que o programa “Reencontro” tinha deixado no prestígio da televisão pública?”
O comunicado adianta ainda que o programa “Reencontro” transmitido a partir de Luanda no passado dia 16 pela televisão pública “escamoteou a realidade angolana (...), como se tratasse de uma agência de comunicação do MNE, dando afinal execução e cumprimento”às recomendações do relatório Duque “que a abominação pública parecia ter relegado, merecidamente, para o caixote do lixo da História”.
Por fim, admitindo que a decisão de acabar com o programa “Esse Tempo” se inscreva numa nova concepção para o futuro da RTP, a CT reclama, ao abrigo da lei, ser ouvida sobre o dito processo de reestruturação.
No Parlamento, a comissão para a Ética, a Cidadania e a Comunicação, aprovou na quarta-feira ouvir os directores de informação (João Barreiros) e programação (Rui Pego) da rádio pública sobre o fim do programa “Esse Tempo”.
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