FP - Lusa
Bissau, 01 fev (Lusa) - Professores do ensino básico e secundário da Guiné-Bissau iniciam na quinta-feira uma greve de 90 dias, convocada pelo Sindicato Nacional dos Professores (SINAPROF), reivindicando pagamentos de salários e entrada em vigor do estatuto da carreira docente.
Hoje o sindicato manteve várias reuniões, quer com o governo quer reuniões internas, e ao princípio da noite decidiu manter a greve, disse à Agência Lusa o presidente da estrutura, Luís Nancassa.
"Estivemos agora em reunião da direção do sindicato e a maioria decidiu pela paralisação a partir de quinta-feira, por 90 dias", disse o responsável à Lusa.
Em novembro do ano passado o SINAPROF já tinha convocado uma greve de 45 dias, que teve grande adesão, mas que foi desconvocada pouco tempo depois, após o governo ter garantido que as reivindicações seriam satisfeitas.
No entanto, passados três meses, disse Luís Nancassa que as promessas do governo não foram cumpridas e que "nada foi decidido acerca da carreira docente", cujo estatuto foi publicado a 29 de março de 2011.
Segundo o sindicalista, o Ministério das Finanças informou que tem já verba disponível mas acrescentou que até agora o Ministério da Educação não quantificou o valor que é necessário.
O sindicato exige também o pagamento de salários em atraso a professores que estiveram doentes e a recém-colocados, a promoção de 305 professores e o pagamento de dívidas de 2003 a 2006.
Reivindicações que já vinham de novembro do ano passado e que se mantém.
Segundo Luís Nancassa não ficou agendada mais nenhuma reunião com o governo, apenas a promessa de que o assunto seria colocado ao primeiro-ministro, que deve chegar também na quinta-feira, depois de ter participado na Etiópia numa reunião da União Africana.
O universo de professores englobados no aviso de greve é superior a cinco mil.
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