PMF – Lusa
Lisboa, 28 fev (Lusa) - O secretário-geral do PS afirmou hoje que a avaliação da "troika" ao cumprimento do memorando por Portugal não o surpreenderá, mas lamentou que essa nota positiva signifique mais recessão, mais desemprego e destruição do aparelho produtivo.
António José Seguro falava a meio de uma visita ao Salão Internacional de Alimentação e Bebidas (SISAB), no Parque das Nações, que junta expositores de centenas de marcas nacionais e cujo certame foi visitado segunda-feira pelo primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho.
Interrogado pelos jornalistas sobre que resultados espera de mais uma avaliação da "troika" (Banco Central Europeu, Comissão Europeia e Fundo Monetário Internacional) ao cumprimento do memorando por parte do Estado Português, o secretário-geral do PS deu a seguinte resposta: "Honestamente, não vou ter nenhuma surpresa".
"[Eles] vão dizer que o memorando está a ser bem aplicado, mas o que eu disse à ´troika´ é que essa boa aplicação, nas palavras deles, significa para mim menos emprego, mais recessão e destruição de parte do nosso aparelho produtivo. Considero que tem de haver um bom balanço entre as medidas de austeridade e o apoio ao investimento, sobretudo nas empresas, porque são as empresas que preservam os postos de trabalho", respondeu.
Interrogado se teria assinado no ano passado o memorando da ´troika´ que agora está a ser aplicado, Seguro respondeu que o dever de um político e "virar-se para o futuro e trabalhar apenas naquilo que pode mudar".
"O passado já não o consigo mudar, mas há uma coisa que friso: Honro os compromissos. O país assumiu um compromisso e vai cumpri-lo", disse.
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