Prensa Latina
Nações Unidas, 4 fev (Prensa Latina) Depois de uma sexta-feira de negociações a nível de governo, o Conselho de Segurança retoma hoje o debate de uma resolução sobre a Síria que responda aos contrários interesses das potências ocidentais e da Rússia.
Os 15 membros do órgão estão citados para retomar as discussões às 10:00 horário de Nova York (15:00 UTC), convocação confirmada ontem à noite pelo escritório do porta-voz oficial das Nações Unidas.
Fontes de várias delegações asseguraram que durante a reunião será submetido à votação o projeto de resolução elaborado após várias dias de duros debates e de três rascunhos diferentes.
As negociações na sede da ONU tinham sido suspensas na quinta-feira passada quando uma nova redação do texto foi enviada às capitais de cada membro para que seus governos decidissem sobre seu conteúdo.
A última versão discutida omite partes essenciais de propostas iniciais feitas por Estados Unidos, França, Grã-Bretanha e Marrocos, as quais obrigavam entre outras coisas a saída do presidente sírio, Bashar Al-Assad, do poder.
Também elimina as exigências das potências ocidentais e de alguns Estados árabes para impor sanções e um embargo de armas à Síria.
Ontem a secretária de estado norte-americana, Hillary Clinton, e o ministro de Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, realizaram uma construtiva conversa telefônica sobre o tema, segundo o qualificativo empregado por um porta-voz oficial de Washington.
Não obstante, o vice-chanceler russo Gennady Gatilov disse ontem em Moscou que o novo projeto também não satisfaz os interesses de seu país, mas não informou a postura do Kremlin em caso de ser submetido à votação.
A Rússia, como membro permanente do Conselho de Segurança tem poder de veto.
Os acordos do Conselho têm que ser aprovados pelo voto positivo de nove de seus 15 integrantes e nenhum contra dos cinco permanentes (veto): Estados Unidos, França, Grã-Bretanha, Rússia e China.
Os outros assentos do corpo estão ocupados agora por Alemanha, Portugal, Índia, Colômbia, Guatemala, Marrocos, Paquistão, África do Sul, Togo e Azerbaijão.
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