Margarida Bon de Sousa – i online
Frio é uma das causas mais comuns. 40% das famílias não aquecem casas
Pela terceira semana consecutiva Portugal registou um pico de mortalidade. Entre 13 e 19 de Fevereiro registaram-se mais de três mil mortes, a maioria dos casos em idosos com mais de 65 anos. A epidemia de gripe e as baixas temperaturas são causas prováveis, mas o ministro da Saúde revelou que as autoridades já estão a investigar a causa deste aumento significativo de mortes em apenas uma semana. Os casos de pneumonias, hipotermias e complicações cardíacas já provocaram a pré ruptura em muitos serviços hospitalares, com os corredores a serviram de abrigo a muitos doentes enquanto as unidades de saúde reorganizaram os serviços por falta de camas para internamento. A maior parte teve de abrir vagas em outros serviços e reorganizar a assistência.
“São dados revelados pelo Instituto Ricardo Jorge, que faz a monotorização apertada destes casos de mortalidade. Há um aumento em termos homólogos e o instituto está a descer mais a fundo na monotorização para sabermos as causas, se é do frio anormal ou de outro tipo de situações”, afirmou o ministro da Saúde, Paulo Macedo.
Segundo o governante, “o importante é que a situação foi detectada, está a ser acompanhada e vai ser alvo de uma análise, para que se descubram os motivos do pico nas últimas semanas”.
As autoridades de saúde estão a analisar a situação em todo o país. Na Europa a mortalidade ligada à gripe deve ultrapassar, este ano, a média dos 40 mil óbitos. A Organização Mundial de Saúde aponta as desigualdades sociais e económicas como em factor que agudiza a situação, e diz que a falta de aquecimento das casas é um dos factores de risco. Dados da organização revelam que em Portugal 44% das famílias com idosos não tem dinheiro para manter as habitações aquecidas adequadamente.
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