terça-feira, 27 de março de 2012

Guiné-Bissau: Grupo espanhol quer construir hotel mas queixa-se de burocracia



FP - Lusa

Bissau, 26 mar (Lusa) - Um grupo espanhol quer construir um hotel de quatro estrelas no centro de Bissau, no valor de 25 milhões de euros, mas queixa-se do excesso de burocracia e admite desistir do projeto.

Santiago Hanna, presidente do grupo Santi, reuniu-se hoje com a ministra da Economia da Guiné-Bissau, Helena Embaló, que se mostrou muito interessada, mas, segundo o responsável, ao contrário da ministra "há quem não queira o desenvolvimento do país".

"Queremos investir muito, temos confiança, mas a burocracia é muito, muito lenta. Temos maquinaria no porto há três meses e temos problemas com a alfândega", disse o empresário depois da reunião com a ministra.

O hotel, de 180 quartos, de categoria e normas europeias, seria o próximo investimento, mas Santiago Hanna já não tem a certeza.

"Queríamos começar mas parámos porque há um problema entre a Câmara e a Assembleia Nacional. Não nos dizem nada e já gastámos 600 mil euros", disse.

O hotel deveria ser construído num espaço em frente à Assembleia Nacional Popular, onde antigamente funcionava um lar feminino, e no local já foram até iniciadas obras, mas, diz o empresário: "está tudo parado, não sabemos nada, não nos dizem nada".

O grupo Santi quer também investir na indústria da construção civil e numa pedreira e atualmente já tem na Guiné-Bissau investimentos na ordem dos 20 milhões de euros, numa fábrica de produção de água e de engarrafamento de vinho e de sumos.

"Estamos a terminar uma fábrica de cerveja, um investimento de sete milhões de euros e estamos a construir armazéns e casas", disse Santiago Hanna, que garante: "se não solucionarem o problema vamos desistir".

O grupo Santi já investe há vários anos na Guiné-Equatorial, especialmente na área alimentar, e há dois anos começou também a investir em S. Tomé e Príncipe.

1 comentário:

Anónimo disse...

Caro Santiago Hanna,

Se não consegue investir na Guiné Bissau em Timor Leste será bem recebido.
Timor necessita de uma fábrica de cerveja, engarrafamento de vinho e de sumos.
Assim como de um hotel. Aparentemente a burocracia em Dili é mais simples.

Beijinhos da Querida Lucrécia

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