MB - Lusa
Bissau, 18 mar (Lusa) -- O candidato às presidenciais de hoje na Guiné-Bissau e líder do Partido da Renovação Social (PRS), Kumba Ialá, afirmou que o escrutínio deveria ter sido antecedido de um novo recenseamento dos eleitores "para ser credível".
"Naturalmente que nós queremos que as eleições sejam transparentes e justas, o que pressupõe que as eleições deviam partir de um recenseamento de base, de raiz. Se assim for não tenho nenhum adversário político à minha altura para disputar comigo", considerou Ialá, em declarações aos jornalistas.
Kumba Ialá votou em Gabu, 200 quilómetros a leste de Bissau, onde se inscreveu em 2008 como eleitor e foi naquela cidade onde analisou o desenrolar do processo eleitoral, cujas urnas já foram encerradas, estando agora a Comissão Nacional de Eleições (CNE) na recolha e compilação de dados.
O ex-Presidente guineense disse que ainda não tem os dados concretos sobre a votação, mas remeteu para o Governo a responsabilidade sobre "os resultados manipulados" saídos da eleição.
"Queremos umas eleições livres e democráticas, não resultados manipulados como os que costumamos ver no país, isso não. Se for este o caso, será da responsabilidade daquele que está a dirigir o país, neste caso o Governo", declarou Ialá.
"É da responsabilidade do Governo que, mesmo sabendo que havia muita gente que não foi recenseada, porque não houve a atualização dos cadernos eleitorais durante quatro anos seguidos, mesmo assim fizeram-se estas eleições", disse Kumba Ialá.
Os guineenses foram hoje às urnas para eleger o novo Presidente da República entre nove candidatos. O Presidente eleito em 2009, Malam Bacai Sanhá, morreu de doença no passado mês de janeiro.
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