Indonésia prepara retirada de 7.500 cidadãos de Díli
ND - Lusa
Kupang, 09 mar (Lusa) -- O governo da Indonésia está a preparar a retirada de 7.540 indonésios de Timor-Leste, para a eventualidade de a situação no país se deteriorar e de ocorrerem motins antes das eleições presidenciais de 17 de março.
De acordo com a revista Tempo Interactive, de Jacarta, o embaixador da Indonésia em Timor-Leste, Eddy Setyabudi, disse hoje que "foram preparadas medidas preventivas, para o caso de as eleições presidenciais em Timor-Leste se tornarem caóticas".
Nos dias que antecedem as eleições presidenciais, Timor-Leste tem assistido a vários incidentes. Em fevereiro foram lançados quatro "cocktails molotov" contra gabinetes eleitorais, contra a comissão nacional de eleições e o secretariado técnico para a administração das eleições em Timor-Leste, bem como contra um carro da polícia.
Às eleições de 17 de março concorrem 13 candidatos, incluindo Ramos-Horta, atualmente em funções.
Indonésia sem planos para retirar cidadãos - Embaixador
MSE - Lusa
Jacarta, 10 mar (Lusa) - O ministro dos Negócios Estrangeiros da Indonésia, Marty Natalegawa, disse na sexta-feira, citado pela agência Antara, que o seu governo não tem planos para retirar cidadãos indonésios de Timor-Leste antes das presidenciais de dia 17, que deverão ser tranquilas.
Segundo a Antara, Marty Natalegawa afirmou que, como parceiro e vizinho de Timor-Leste, o governo da Indonésia tem a certeza que as eleições vão decorrer em tranquilidade.
"Timor-Leste é nosso vizinho. Temos uma relação emocional e de amizade com o país. É por isso que estamos a acompanhar o desenvolvimento das eleições e esperamos que decorram em tranquilidade", afirmou o chefe da diplomacia indonésia.
O governo da Indonésia não tem planos para retirar os seus cidadãos de Timor-Leste antes das eleições, acrescentou ministro, citado pela Antara.
A revista "Tempo Interactive", de Jacarta, noticiou que o governo da Indonésia está a preparar a retirada de 7.540 indonésios de Timor-Leste, para a eventualidade de a situação no país se deteriorar e de ocorrerem motins nas eleições presidenciais de 17 de março.
De acordo com a mesma publicação, o embaixador da Indonésia em Timor-Leste, Eddy Setyabudi, disse que "foram preparadas medidas preventivas, para o caso de as eleições presidenciais em Timor-Leste se tornarem caóticas".
Em declarações ao "Jacarta Post", o embaixador Eddy Setiabudhi disse que há mulheres de diplomatas que saíram do país por preocupações relativas à situação de segurança no país.
"Elas vão voltar se as eleições correrem bem", afirmou o diplomata, que falava depois de um encontro em Kupang, Timor Oriental, para definir a retirada de cidadãos indonésios de Timor-Leste, caso as eleições corram mal.
Segundo o embaixador indonésio em Díli, as preocupações da Indonésia são baseadas na experiência das últimas eleições presidenciais, quando o Presidente Ramos-Horta foi vítima de tentativa de assassínio, acrescenta o jornal.
"Se a situação ficar caótica, a embaixada preparou uma série de pontos para retirada dos cidadãos indonésios", disse.
As terceiras presidenciais de Timor-Leste realizam-se no dia 17 e participam 12 candidatos.
*Título PG
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