segunda-feira, 12 de março de 2012

Países lusófonos vão partilhar soluções para problemas de gestão no Fórum Mundial



Açoriano Oriental - Lusa

A partilha de soluções para os problemas relacionados com o acesso e gestão da água, nos países que falam português, será a tarefa dos responsáveis governamentais lusófonos reunidos na terça-feira, em Marselha, Fórum Mundial da Água.

A conferência “Partilhando Soluções para a Água no Mundo Lusófono” é a principal iniciativa da Parceria Portuguesa para a Água, uma das entidades nacionais a participar no Fórum Mundial da Água, que hoje se inicia e decorre até sábado, em Marselha, França.

Além da presença da ministra da Agricultura, Mar, Ambiente e Ordenamento do Território, Assunção Cristas, está prevista a participação de outros responsáveis governamentais que tutelam a água nos seus países como a ministra de Cabo Verde, Sara Lopes, a ministra do Brasil, Isabela Teixeira, e secretário de Estado das Águas de Angola, como avançou hoje à agência Lusa o presidente da Parceria, Francisco Nunes Correia.

O objetivo da conferência, que se realiza terça-feira, é "reforçar os laços que já existem entre estes países, os seus especialistas, associações e entidades", na área da água, referiu.

Por outro lado, "é importante melhorar a imagem da marca Portugal em termos de água para que estes países saibam que tem experiências muito válidas" no setor", acrescentou.

Portugal tem conhecimentos e experiência na área da água, com especialistas e empresas reconhecidas internacionalmente devido ao trabalhos desenvolvido nos últimos anos nas melhorias dos sistemas de abastecimento e saneamento, no controlo da qualidade da água, cumprindo exigências da União Europeia, lembrou o ex-ministro do Ambiente.

"Vêm pessoas de vários países, de Portugal, Brasil, Moçambique, Cabo Verde e Angola apresentar casos que se consideram interessantes, bem sucedidos", salienou Nunes Correia.

Entre os temas a analisar na conferência está o problema do financiamento do setor da água, com a participação de uma técnica do Banco Mundial que "conhece bem os países lusófonos", Karin Kemper, e de um português do Banco Europeu de Investimento, José Veiga Frade.

Pedro Paulino, do Fundo de Investimento e Património de Abastecimento de Água de Moçambique, vai falar sobre a gestão de serviços de água nas perferias das cidades, António Pedro Borges, um diretor de águas do Ministério do Ambiente de Cabo Verde, partilhará a experiência da reforma dos serviços de água, e Paulo Varela, responsável da Agência Nacional de Águas do Brasil apresentará os avanços que o país tem feito nesta área.

Para o presidente da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), Nuno Lacasta ficou a intervenção sobre alterações climáticas no setor da água e a experiência portuguesa no domínio das medidas de adaptação.

Portugal irá abordar também o papel do regulador dos serviços de águas na capacitação das entidades gestoras dos serviços de águas.

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