Paulo Miguel Madeira, Sérgio Aníbal, em Atenas - Público
Crise das dívidas soberanas da zona euro
O ex-primeiro-ministro grego Georgios Papandreou, do partido socialista grego, considera que Portugal corre o risco de seguir o mesmo caminho da Grécia se não houver uma solução europeia para a crise.
“A minha experiência é que, seja quais forem as medidas adoptadas, se não houver uma solução europeia, os portugueses vão seguir o mesmo caminho da Grécia”, disse Papandreou aos jornalistas em Atenas.
“No início também se dizia muito bem da execução do programa grego, mas depois começaram os problemas”, lembra o ex-primeiro-ministro grego pelo PASOK (o Partido Socialista Pan-Helénico), que deixou o cargo em Dezembro.
“Uma versão era que os gregos não tinham feito nada. Mas eu penso que a principal razão foi o que aconteceu em Deauville [o encontro Merkel Sarkozy]. Aí, dividiu-se a Europa em duas partes: os que têm risco baixo e os que têm risco alto, como Portugal e a Grécia”, explicou.
“Diziam-me que se cortasse os défices tudo correria bem. Mas a psicologia dos mercados mostrou que isso seria diferente. Isso [fazer apenas um cortar do défice] não deve acontecer em Portugal”, recomendou Papandreou.
Georgios Papandreou afastou-se da liderança do PASOK e de primeiro-ministro depois de ter sugerido que o país fizesse um referendo sobre a sua permanência no euro, o que teve a oposição da maioria dos membros do seu Governo.
Foi substituído por Lucas Papademos, um tecnocrata não eleito, que negociou o novo empréstimo internacional ao país e a reestruturação da dívida detida por privados. A Grécia deverá ter eleições legislativas depois da Páscoa ortodoxa.
“No início também se dizia muito bem da execução do programa grego, mas depois começaram os problemas”, lembra o ex-primeiro-ministro grego pelo PASOK (o Partido Socialista Pan-Helénico), que deixou o cargo em Dezembro.
“Uma versão era que os gregos não tinham feito nada. Mas eu penso que a principal razão foi o que aconteceu em Deauville [o encontro Merkel Sarkozy]. Aí, dividiu-se a Europa em duas partes: os que têm risco baixo e os que têm risco alto, como Portugal e a Grécia”, explicou.
“Diziam-me que se cortasse os défices tudo correria bem. Mas a psicologia dos mercados mostrou que isso seria diferente. Isso [fazer apenas um cortar do défice] não deve acontecer em Portugal”, recomendou Papandreou.
Georgios Papandreou afastou-se da liderança do PASOK e de primeiro-ministro depois de ter sugerido que o país fizesse um referendo sobre a sua permanência no euro, o que teve a oposição da maioria dos membros do seu Governo.
Foi substituído por Lucas Papademos, um tecnocrata não eleito, que negociou o novo empréstimo internacional ao país e a reestruturação da dívida detida por privados. A Grécia deverá ter eleições legislativas depois da Páscoa ortodoxa.
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