MSE - Lusa
Díli, 20 mar (Lusa) - O Parlamento Nacional de Timor-Leste aprovou hoje a suspensão da ministra da Justiça timorense, Lúcia Lobato, pedida pelo Tribunal Distrital de Díli, para ser julgada por alegados crimes de corrupção, abuso de poder e falsificação de documentos.
O parlamento aprovou a suspensão da ministra Lúcia Lobato com 36 votos a favor, uma abstenção e sem votos contra.
O Tribunal Distrital de Díli pediu ao Parlamento Nacional, no passado dia 12 de março, a suspensão da ministra da Justiça timorense para ser julgada, mas o hemiciclo ainda não tinha conseguido reunir o número de deputados necessários para aprovar a suspensão.
O hemiciclo timorense tem 65 deputados e a suspensão precisava de ser aprovada por maioria.
"Finalmente, o Parlamento, particularmente os deputados tomaram consciência da necessidade de tomar uma decisão para levantar a imunidade da senhora Lúcia Lobato para poder ser julgada no tribunal", afirmou à agência Lusa Estanislau da Silva, deputado da Frente Revolucionária do Timor-Leste Independente (Fretilin).
Segundo o despacho do Tribunal Distrital de Díli, a que a Lusa teve acesso, a acusação pública é deduzida contra Lúcia Lobato e contra um homem identificado como António de Araújo Freitas.
O despacho refere também que os arguidos são "acusados do crime de corrupção, abuso de poder e de falsificação de documento", nomeadamente por favorecimento em concursos públicos para a construção de conservatórias de registo civil em vários distritos.
Fonte do gabinete da ministra da Justiça disse à Lusa que Lúcia Lobato vai reagir à imprensa na próxima sexta-feira.
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